Pesquisas apontam que a consolidação da democracia tem colaborado com sensíveis melhoras nos índices econômicos e sociais – mas falta muito para superar o velho carma da desigualdade
O Brasil chega ao século 21 ainda preso ao paradoxo que fez dele, ao mesmo tempo, um dos países mais ricos e um dos mais pobres do mundo. É uma desproporção difícil de imaginar, que reúne desde quem pode pagar 900 reais numa simples sandália de dedo nos grandes shopping centers do país até quem muitas vezes não tem 3 reais para pagar uma condução. Existem os que complementam a faculdade com cursos no exterior e os que não têm sequer banheiro na escola. “São poucos os relatos... em que os banheiros eram considerados conservados”, diz Vera Ireland, pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba, que realiza estudos para o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inpe) e acredita que o motivo de tanta carência ainda é a desigualdade. “Ou eles compram pão ou compram lápis”, resume Vera.
Isso não quer dizer que o Brasil não está se desenvolvendo: está sim, e não é pouco. Primeiro, porque está consolidando a democracia política, implantada desde 1988 no lugar dos governos militares. Além do direito de votar, também se buscam meios de a sociedade participar mais ativamente nas decisões que afetam o seu bolso. Afinal, a economia brasileira é uma das dez maiores do mundo, comparável à do Canadá, em termos do volume de riqueza que gera: cerca de 1,5 trilhão de dólares ao ano. Mas a distribuição dessa riqueza, no Canadá, implica em uma renda anual de 50 mil dólares para cada cidadão, enquanto se a mesma distribuição fosse feita entre brasileiros, o ganho seria de apenas 8,3 mil dólares.
Confira o final desta reportagem comprando a revista discutindo Geografia,que está disponível nas Bancas.
O Brasil chega ao século 21 ainda preso ao paradoxo que fez dele, ao mesmo tempo, um dos países mais ricos e um dos mais pobres do mundo. É uma desproporção difícil de imaginar, que reúne desde quem pode pagar 900 reais numa simples sandália de dedo nos grandes shopping centers do país até quem muitas vezes não tem 3 reais para pagar uma condução. Existem os que complementam a faculdade com cursos no exterior e os que não têm sequer banheiro na escola. “São poucos os relatos... em que os banheiros eram considerados conservados”, diz Vera Ireland, pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba, que realiza estudos para o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inpe) e acredita que o motivo de tanta carência ainda é a desigualdade. “Ou eles compram pão ou compram lápis”, resume Vera.
Isso não quer dizer que o Brasil não está se desenvolvendo: está sim, e não é pouco. Primeiro, porque está consolidando a democracia política, implantada desde 1988 no lugar dos governos militares. Além do direito de votar, também se buscam meios de a sociedade participar mais ativamente nas decisões que afetam o seu bolso. Afinal, a economia brasileira é uma das dez maiores do mundo, comparável à do Canadá, em termos do volume de riqueza que gera: cerca de 1,5 trilhão de dólares ao ano. Mas a distribuição dessa riqueza, no Canadá, implica em uma renda anual de 50 mil dólares para cada cidadão, enquanto se a mesma distribuição fosse feita entre brasileiros, o ganho seria de apenas 8,3 mil dólares.
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Um comentário:
Acho que a foto já diz tudo: um lado dos que têm e outro dos que não têm...
É uma triste realidade, mas isso tudo é graças ao capitalismo, ou melhor, o consumismo, que faz com que algumas pessoas comprem sempre mais enquanto outras não têm nem mesmo o necessário.
Abraço!
(Darly)
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