domingo, 30 de novembro de 2008

Para gostar de ler.(parte 07)

O Bicho.

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira.

História em quadrinhos (08)


A propósito do texto abaixo...

A revolta da natureza.

O homem , para lembrar uma velha expressão de Lévi-Strauss, é o maior vilão da natureza. Ele a modifica, degrada, abusa e chega a criar a perspectiva de destruir a própria vida com as armas nucleares e o aquecimento global, em nome do progresso que parece caminhar para o suicídio.

Mas, às vezes, a natureza reage, sem aviso nem previsão, numa revolta que atinge ela própria, quebrando a harmonia e as leis que ela parecia ter construído. São terremotos, maremotos, furacões, tsunamis, enchentes, vulcões, desertificação e vários outros maus humores que se manifestam em grande e em pequena escala. A nossa sensação é que a Terra ainda não se acomodou e, como um ser vivo -na formulação de Lovelock-, se retorce, serpente que não renuncia à liberdade e não se deixa amarrar.

Agora mesmo nós estamos vivendo em Santa Catarina uma tragédia dessas, que deixa nossos corações partidos não somente com as conseqüências materiais, mas principalmente com os dramas humanos. São famílias inteiras que desaparecem nas águas, que são sepultadas pelos deslizamentos.

Os agricultores, gente que passou seus anos de vida misturados com o trabalho da terra, o amor às plantas, como um raio, vêem essa própria terra e árvores enfurecidas se voltarem contra eles, sepultá-los. O relato das duas crianças de Blumenau, que nem o nome os bombeiros conseguiram guardar, de dois e oito anos: perdem pai, mãe e todos os irmãos e não entendem nem sabem o que aconteceu com os outros. E nem chorar podem, porque os olhos, ainda ignorantes de tudo, ainda brilham na espera dos que jamais chegarão. São os relatos das casas, construídas pelo trabalho duro dos anos, tragadas pelas avalanches e pelos deslizamentos. Todos choram, os olhos são feitos para ver e para chorar, como dizia o Padre Vieira, porque os cegos choram e não vêem, e os que vêem choram para ver.

A solidariedade, a misericórdia -essa virtude que foi ensinada como a visão de um caminho para o céu-, tocam a todos, mas são incapazes de sarar as feridas da alma que acompanham essas tragédias. Os habitantes do vale do Itajaí abandonaram as terras baixas por causa das enchentes, subiram os morros para maior segurança, e as águas que destruíam em baixo, agora, vêm de cima e desmancham os morros, levando-os de volta ao vale de onde saíram, já sem vida.

Antigamente, nessas horas, os padres advertiam o povo, mostrando nessas desgraças o castigo de Deus. Hoje nós sabemos que muitas vezes são respostas à destruição da natureza, que reage e revolta-se com a violência que lhe infligiram.
José Sarney - Escritor e senador.

Aniversário do Blog.


Ontem, 29.11.2008, completamos quatro meses de existência com 36.408 acessos. Somente entre 29 de outubro e ontem foram 10.251 acessos! para um blog totalmente voltado para educação e cultura não temos dúvida que os números são gigantescos e que não podemos interromper esse trabalho experimental iniciado pelo CIS, graças a uma idéia do professor João Carlos.

Hoje, a manutenção do blog é reponsabilidade minha e do próprio João Carlos, na parte de História, e na área de Geografia dos professores Bosco Oliveira e Sami Andrade.

Agradecemos aos internautas que adotaram o blog com um dos seus portos.

Agradecemos o carinho que os estudantes de Natal nos dispensam. O CIS se sente honrado e consciente que o trabalho deve continuar!

História.
Adailton Figueiredo.
Henrique Lucena.
João Carlos Rocha
Luís Eduardo Suassuna (Kokinho)
Wellington Albano.

Geografia.
Agenor Pichini
Bosco Oliveira
Sami Andrade.

sábado, 29 de novembro de 2008

Algumas imagens (parte 08)


A primeira foto: Norte-americanos usam bombas de napalm no Vietnã.
A segunda foto: Norte-americanos fungindo dos ataques às torres gemeas.
Agumas semelhanças assustam, não?

História em quadrinhos (07)


Precisa dizer alguma coisa?!

Contos, Fábulas e Lendas.(parte 04)


A lenda do Saci Pererê.

O Saci é uma entidade muito popular no folclore Brasileiro. No fim do século XVIII já se falava dele entre os negros, mestiços e Tupis-guarani, de onde se origina seu nome.

Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado um ser muito brincalhão, que esconde objetos da casa, assusta animais, assovia no ouvido das pessoas, desarruma cozinhas; enquanto que em outros lugares ele é visto como uma figura maléfica.

O Saci é um negrinho de uma perna só que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma carapuça vermelha que lhe dá poderes mágicos, entre eles, o de aparecer e desaparecer onde desejar. Tem uma mão furada e gosta de jogar objetos pequenos para o alto e deixa-los atravessa-la para pegar com a outra.

Ele costuma assustar viajantes ou caçadores solitários que se aventuram por lugares ermos nos sertões ou matas, com um arrepiante assovio no ouvido, para em seguida aparecer numa nuvem de fumaça pedindo fogo para seu cachimbo.

Ele gosta de esconder brinquedos de crianças, soltar animais dos currais, derramar sal que encontra nas cozinhas, e em noites de lua, monta um cavalo e sai campo afora em desembalada carreira fazendo grande alvoroço.

Diz a crença popular que dentro dos redemoinhos de vento - fenômeno onde uma coluna de vento rodopia levantando areia e restos de vegetação e sai varrendo tudo que encontra a sua frente - existe um Saci.

Diz ainda a tradição que, se alguém jogar dentro do pequeno ciclone um rosário de mato abençoado, pode captura-lo, e se conseguir sua carapuça, será recompensado com a realização de qualquer desejo.

Nota: mito muito popular em todo Brasil principalmente no meio rural. Origem desconhecida.

Para gostar de ler.(parte 06)

Nordeste Independente.
Composição: Bráulio Tavares e Ivanildo Vilanova.


Já que existe no sul esse conceito
Que o nordeste é ruim, seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito
Quando um dia qualquer isso for feito
Todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
De que a gente até hoje tem vivido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente.

Dividindo a partir de Salvador
O nordeste seria outro país
Vigoroso, leal, rico e feliz
Sem dever a ninguém no exterior
Jangadeiro seria o senador
O cassaco de roça era o suplente
Cantador de viola o presidente
O vaqueiro era o líder do partido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente.

Em Recife o distrito industrial
O idioma ia ser nordestinense
A bandeira de renda cearense
A“Asa Branca” era o hino nacional
O folheto era o símbolo oficial
A moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o inconfidente
Lampião, o herói inesquecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente.

O Brasil ia ter de importar
Do nordeste algodão, cana, caju
Carnaúba, laranja, babaçu
Abacaxi e o sal de cozinhar
O arroz, o agave do lugar
O petróleo, a cebola, o aguardente
O nordeste é auto-suficiente
O seu lucro seria garantido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente.

Se isso aí se tornar realidade
E alguém do Brasil nos visitar
Nesse nosso país vai encontrar
Confiança, respeito e amizade
Tem o pão repartido na metade,
Temo prato na mesa, a cama quente
Brasileiro será irmão da gente
Vai pra lá que será bem recebido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente.

Eu não quero, com isso, que vocês
Imaginem que eu tento ser grosseiro
Pois se lembrem que o povo brasileiro
É amigo do povo português
Se um dia a separação se fez
Todos os dois se respeitam no presente
Se isso aí já deu certo antigamente
Nesse exemplo concreto e conhecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente.

Povo do meu Brasil
Políticos brasileiros
Não pensem que vocês nos enganam
Porque nosso povo não é besta!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Cultura: Projeto Seis e Meia.

Reproduzo, abaixo, texto meu, publicado no jornal Diario de Natal, em defesa do Projeto Seis e Meia.
Precisa-se de Música.

Senhor Editor,

Neste país de muitas vítimas e de alguns ladrões, permita-me, também, roubar seu tão valioso tempo. Sou leitor assíduo desse conceituado jornal e algumas vezes, em se tratando de cultura, discordo de suas posições; na verdade, pouquíssimas vezes. Admiro-o, senhor editor; mais ainda, respeito-o. Aliás, admiração e respeito, nesta taba de Poti e outros índios é coisa que raramente alguém confessa... confissão, por essas bandas, nem nos tribunais...

Todavia, a missiva eletrônica, sobre a qual seus olhos passeiam agora, é na verdade, um clamor; para os mais versados em assuntos eclesiásticos é uma ladainha, em prol de um evento sério e tradicional chamado “Projeto Seis e Meia”, que acontece, há doze anos, todas as terças-feiras, no nosso resistente Teatro Alberto Maranhão. Desde o primeiro projeto, com Nico Rezende, venho acompanhando as sagas de Zé Dias e de William Collier. Nunca perdi um show. Nenhum. Tenho assistido, ano a ano, mês a mês, semana a semana, as dificuldades crescentes para a sua continuidade. Ao que parece, a maioria de nossos empresários não sabem das dificuldades do projeto, ou melhor, sequer da existência do mesmo. Cultura nesta província de Câmara Cascudo vale menos que eleitor, após eleição. Defendi, defendo e defenderei o projeto. É simples minha bandeira: não sou empresário de nenhum artista local; tampouco, nacional. Jamais, tirei vantagem financeira de nenhuma das mais de 750 apresentações que desfilaram nos palcos do TAM, algumas memoráveis. Fui, e digo isto com o orgulho dos privilegiados, testemunha de grandes momentos. Vi a beleza e a leveza da música, através do Delicatto e nem bem este começa sua carreira não recebe a autenticação de alguns tabeliões da cultura desse cartório de beira de Potengi poluído. Fui testemunha emocionada do vigor nordestino nas cantigas de Galvão Filho. Sua música é Açude de Luz e tem a Energia dos Cristais, como ele próprio afirma. Encantei-me e, comigo, toda platéia do teatro, com a suavidade da mulher cangaceira na visão e interpretação de Babal, outro filho de seu Severino Galvão. Descobri Khristal, sua força e empolgação, se fazendo voz de Manoel Marinheiro, cantando coco, como se o ritmo estivesse sendo criado naquele momento no coração dela, e encantando em algum canto do céu Jackson do Pandeiro. Testemunhei a qualidade vocal de Wigder Vale; afinado e sóbrio nas suas interpretações, a ousadia e o resgate de nossas raízes com um grupo como o Pedubreu ou então a magia de um Cleudo, o talento do Café do Vento. A qualidade que habita as esquinas desta terra de Dozinho, Tonheca Dantas e Othoniel Meneses, desfila no palco da nossa principal casa de espetáculo. Foi neste projeto, meu caro Editor, que tive o prazer de atestar o talento de músicos como Diogo Guanabara, Antônio de Pádua, Di Stefano, Jorge Moura, Júnior Primata, Serginho Grover, Jubileu, Eduardo Tauffic, Gilberto Cabral, Carlinhos Zens, Fernando Botelho e tantos outros.

Pelo exposto, caro editor, o projeto já se justifica e não deve mais pedir permissão de continuidade a ninguém. É patrimônio cultural da cidade e do Estado. É referência nacional, segundo os próprios cantores e compositores de renomes nacionais que são convidados como atrações principais. E sobre eles, os nomes nacionais, reservar-me-ei ao direito de apenas citar alguns: Fagner, Chico César, Zeca Baleiro, Lenine, Rita Ribeiro, Francis Hime, Leila Pinheiro, Selma Reis, MPB-4, Alceu Valença, Belchior, Tunai, Oswaldo Montenegro, Paulinho Moska, o saudoso Sivuca e Glorinha Gadelha, Dominguinhos, Xangai, Luiz Melodia e tantos outros. Cito-os apenas, pois meu objetivo é justificar a manutenção de tal relevante projeto musical, pela óptica do talento local.

Portanto, senhor editor, caros leitores, senhores empresários, políticos e estudantes, amantes da boa música, assistam, ao menos, uma vez, a uma das sessões do Projeto Seis e Meia, e lutem pela revitalização de um evento que em nome da cultura e do bom senso não pode morrer... Que Orfeu, o deus da música, nos guarde hoje e sempre... amém.
(Adailton Figueiredo é professor de História).

Anos civil e litúrgico.


Durante a celebração das primeiras vésperas do primeiro domingo do Advento, a Igreja Católica Apostólica Romana dá início a um novo ciclo de celebrações do mistério de Cristo; é o chamado ano litúrgico.

O que é o ano litúrgico? E o que o diferencia do ano civil?

A resposta à primeira questão pede como base a resposta à segunda.

Em primeiro lugar, é preciso lembrar que a noção de ano litúrgico, como a que a Igreja tem hoje, foi se desenvolvendo lentamente até a Idade Média.

No início, os primeiros cristãos celebravam a cada semana, precisamente aos domingos, a “memória” da paixão, morte e ressurreição de Jesus, na chamada Ceia do Senhor. Em seguida, as comunidades cristãs começaram a associar a esta celebração o martírio dos apóstolos e de outros discípulos de Jesus, enaltecendo esse modo tão radical de participar do sacrifício e do destino do Cristo e de testemunhar a fé. A partir do IV século se tem notícias de celebrações de outros eventos da vida terrena de Jesus, como o seu nascimento. Assim, todas as celebrações foram sendo organizadas de modo tal que a celebração da Páscoa estivesse sempre no núcleo do ano litúrgico.

Além das celebrações de eventos particulares, surgiram também os tempos litúrgicos, ou seja, períodos de preparação, de penitência, de festejos que têm uma festa como ponto de referência e da qual adquirem seu significado. Aparecem, então, os tempos da Quaresma, da Páscoa, do Advento e do Natal e o Tempo Comum.

Em segundo lugar, faz-se necessário esclarecer que o ano litúrgico é programado segundo o calendário lunar, a partir do cálculo do dia e do mês em que se deve celebrar a ressurreição de Jesus, a Páscoa. Inclusive o início de um novo ano litúrgico, que ocorre entre os meses de novembro e dezembro, é determinado pela celebração da Páscoa.

O ano litúrgico tem início quatro semanas antes do dia 25 de dezembro, logo após a 34ª semana do Tempo Comum. O início do novo ano é assinalado pelo primeiro domingo do Advento. Este abre a cada ano o ciclo das celebrações do mistério de Cristo, preparando a Igreja para a celebração do Natal do Senhor. Com a missa vespertina do Natal do Senhor, na tarde do dia 24 de dezembro, encerra-se o Tempo do Advento e tem início o Tempo do Natal que se estende até o domingo após a Epifania do Senhor, ou Festa de Reis. Na segunda-feira seguinte começa a primeira parte do Tempo Comum (pois este será interrompido para dar lugar ao Tempo da Quaresma, quarenta dias antes da Páscoa). O Tempo da Páscoa vem em seguida, antecedido pelo tríduo pascal. O Tempo da Páscoa dura sete semanas e se conclui com o domingo de Pentecostes. A segunda-feira seguinte marca a retomada do Tempo Comum a partir da semana onde havia sido interrompido antes da Quaresma até completar trinta e quatro semanas. No domingo que abre a 34ª semana do Tempo Comum se celebra a solenidade de Cristo Rei do Universo, encerramento oficial do ano litúrgico que tem como objetivo lembrar que o fim e a finalidade de toda a criação é participar do reinado eterno de Cristo.

Portanto, o ano litúrgico é a estrutura que sustenta todo o culto cristão e que visa celebrar a vida de Cristo, de modo tal que o batizado possa conformar a sua vida àquela do Senhor, seguindo seu exemplo e testemunhando a fé em Deus, através da perseverança diante dos sofrimentos e da gratidão diante dos benefícios recebidos nesta peregrinação rumo à Casa do Pai.

Pe. Elielson Cassimiro de Almeida - Mestre em Liturgia.

História em quadrinhos (06)

Para reflexão!

Para gostar de ler.(parte 05)





E agora, José?

A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu,
A noite esfriou,e agora, José?
E agora, você?
Você que é sem nome,
Que zomba dos outros,
Você que faz versos,
Que ama, protesta?


E agora, José?
Está sem mulher,
Está sem discurso,
Está sem carinho,
Já não pode beber,
Já não pode fumar,
Cuspir já não pode,
A noite esfriou,
O dia não veio,
O bonde não veio,
O riso não veio,
Não veio a utopia

E tudo acabou
E tudo fugiu
E tudo mofou,
E agora, José?


E agora, José?
Sua doce palavra,
Seu instante de febre,
Sua gula e jejum,
Sua biblioteca,
Sua lavra de ouro,
Seu terno de vidro,
Sua incoerência,
Seu ódio — e agora?


Com a chave na mão
Quer abrir a porta,
Não existe porta;
Quer morrer no mar,
Mas o mar secou;
Quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?


Se você gritasse,
Se você gemesse,
Se você tocassea valsa vienense,
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro, José!


Sozinho no escuro
Qual bicho-do-mato,
Sem teogonia,
Sem parede nua
Para se encostar,
Sem cavalo preto
Que fuja a galope,
Você marcha, José!
José, para onde?




Lampião e o rei coroado.

A vastidão, diversidade, sutis revelações da alma humana tornam a obra de Shakespeare freqüente objeto de comparações.

Sanguinário, devasso, falso, enganador, violento, maldoso. Estas são algumas das qualidades que Malcoln atribui ao rei Macbeth, personagem da tragédia (1606?) de Shakespeare. Poderia ter falado também na sua psicose, inteligência, astúcia, crueldade.

Lampião, Virgulino Ferreira (1897-1938), teria todas essas qualidades reveladas a partir da sua opção pelo mal. Os dois têm a ambição por poder e fama.

Macbeth era um Capitão do Exército escocês. O outro requisitou a patente, sagrando-se Capitão na presença de Padre Cícero Romão. Lampião assinava Cap. Virgulino e fez gravar a expressão em seu anel e aliança de ouro. Ambos tinham fama de bons cavaleiros e eram extremamente supersticiosos. Macbeth incorporou a linguagem das feiticeiras pela qual não seria vencido, ninguém nascido de mulher poderia fazer mal a Macbeth. Invulnerável julgava-se Lampião, acreditando ter o "corpo fechado". Em oração, Pedra Cristalina, Lampião recitava: "Salvo fui, salvo sou, salvo serei com a chave do sacrário eu me fecho". Macbeth seria rei da Escócia, (não o rei de paz que reinou entre 1040 e 1057), o monarca cruel da tragédia literária. Lampião, o rei do cangaço, foi monarca, móvel em veredas de sua geografia vinte vezes maior que a escocesa, os sertões de sete estados do Nordeste brasileiro.

Otacílio Batista Patriota fez poema, depois transformado em música, versejando: "Virgulino Ferreira, o Lampião / bandoleiro das selvas nordestinas / sem temer o perigo nem ruínas / foi o Rei do Cangaço no Sertão". E as façanhas desse rei crescem no imaginário popular.

Certamente, as dessemelhanças são profundas, mas coincidências existem. O mal é assemelhado.

Já muito se tem dito que a vida imita a arte. O que sinto é que há pontos de convergências entre as vidas, ficção e realidade, e até entre as mortes. Ambos foram decapitados. Com exibição das cabeças cortadas. Nenhum dos dois formou dinastia, teve descendência a reinar. As belas mulheres, Lady Macbeth e Maria Bonita, participaram das maldades, ainda que se relatem episódios em que a nordestina procurava abrandar o coração do seu régulo.

Ninguém tinha amor a Lampião, todos lhe tinham temor, obedeciam ao medo despertado. O nobre cavaleiro Angus fala sobre Macbeth: "Os que estão sob o seu comando movem-se por obediência, e não por amor". Os dois usavam punhais e facilmente se podia ver punhais em seus sorrisos.

Poder-se-ia, ainda, acreditar que o chapéu de Lampião era a sua coroa. Assim consta do Regimento Policial Militar transcrito pelo magistral Frederico Pernambucano de Mello em Guerreiros do sol: "chapéu-de-couro, tipo sertanejo, ornado em alto relevo em suas abas, com seis signos de Salomão; barbicacho de couro, com 46 centímetros de comprimento e ornado em ambos os lados com cinqüenta e cinco (55) peças de ouro..."

Macbeth quis sempre ser famoso. Ouvi, menino, uma conversa de meu pai com um homem de quem se dizia ter sido do bando de Lampião. Ele negou, dizendo que não era do bando, pertencera a outro grupo, mas fora emprestado ao famoso Capitão. Depois de muita insistência do meu pai para saber de alguma característica maior de Virgulino, como, por exemplo, do que ele dizia com freqüência, ouvimos "o Capitão sempre dizia: eu quero é que ninguém nunca se esqueça de mim". Nunca ninguém o esquecerá, ainda que a lembrança seja feita em canção, livros, revistas, filmes, estilização da roupa, ou até em publicidade moderna, além dos estudos de patologia social.


Autor: Diógenes da Cunha Lima
E-mail: Advogado, escritor e presidente da Academia Norte-rio-grandense de Letras (senegoid@digi.com.br)

Fonte:
http://www.jornaldehoje.com.br/novo/navegacao/ver_artigos.php?id_artigo=1801

História em quadrinhos (05).

Para bom entendedor...


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Chave de respostas - Geografia (terceiro dia do vestibular UFRN)

Questão 09
O Rio Grande do Norte é o maior produtor de sal do Brasil. A atividade salineira potiguar está concentrada na faixa litorânea setentrional do Estado e é favorecida por condições naturais.
Caracterize cinco elementos do clima da região salineira do Rio Grande do Norte que favorece a produção de sal.


Resposta: Dentre os elementos do clima que favorecem a produção salineira, podemos destacar: a ocorrência de um clima semi-árido com suas elevadas temperaturas, a baixa pluviosidade, os ventos constantes que sopram na região(Alísios de Nordeste), a elevada salinidade oceânica, a localização da área salineira em baixas latitudes(próximo ao equador)


Questão 10
Historicamente, as migrações internas no Brasil, estimuladas por fatores socioeconômicos, configuram tendências migratórias diversificadas.
Cite e explique duas tendências migratórias que se destacaram, no Brasil, na década de 1990.


Resposta: A década de 90 promoveu mudanças nos fluxos migratórios interno brasileiros tais como: O deslocamento de Nordestinos voltando do Sudeste, em função da dispersão da economia industrial (migração de retorno), a transferência de sulistas(Catarinenses,Paranaenses e Gaúchos) para o Planalto Central e Amazônia implantando novas fronteiras agrícolas.


Questão 11
Na década de 1970, os Tigres Asiáticos vivenciaram um rápido e intenso processo de modernização econômica, o que os tornou industrializados.
Mencione e explique duas características desse processo de industrialização.


Resposta: Atualmente fazem parte dos Tigres Asiáticos oito países, sendo que Cingapura, Indonésia, Malaísia, Tailândia e Vietnã estão localizados no sudeste asiático. E no extremo oriente se encontram Coréia do Sul, Hong Kong e Taiwan. Os Tigres Asiáticos são nações que se industrializaram muito recentemente e que entre outras características apresentam: Elevado crescimento econômico anual, mão-de-obra abundante e barata, grande facilidade à vinda de capital estrangeiro, segurança interna, com reduzidos conflitos sociais, legislação criminal autoritária e severa, incluindo castigos físicos, legislação tributária simples, sem entraves ao lucro,são plataformas de exportação. Como são países com mão-de-obra muita barata e Legislação criminal autoritária e severa , atraíram empresas principalmente Japonesas e Norte-americanas. É válido salientarmos que empresas multinacionais tem boas relações com governos autoritários pois conseguem lucros com mais facilidade.



Questão 12
A hierarquia urbana diz respeito à influência que as cidades exercem umas sobre as outras, constituindo uma rede urbana. As mudanças ocorridas no padrão técnico-científico-informacional produziram o modelo de hierarquia urbana informacional, representado no esquema abaixo.
A partir dessas informações, explique como funciona a hierarquia urbana no modelo informacional.

Resposta: Neste modelo de hierarquia urbana desenvolvido na era pós industrial ou informacional, ocorre uma maior integração entre as diversas unidades que compôem o sistema em funçao do avanço nos setores de transportes e telecomunicações, encurtando as distâncias entre as pessoas e as cidades, na relação Espaço-Tempo.

História em quadrinhos (04).

O Presidente Fernando Henrique Cardoso, FOI um realmente um BOM PROFESSOR .

Pelo Brasil e pelo mundo: 27 de novembro.



1. O terror ressurge com força na Índia.
Em uma série de ataques coordenados, terroristas mataram pelo menos 101 pessoas e feriram outras 250 em Mumbai (ex-Bombaim), considerada a capital financeira da Índia. Com armas e granadas, os homens abriram fogo em dois hotéis de luxo, a maior estação de trem da cidade, um centro judeu, um cinema e um hospital. Um desconhecido grupo terrorista local reivindicou a autoria dos atentados, mas não houve confirmação. Não se sabe, ainda, se houve participação de células terroristas internacionais. Segundo o The New York Times, ainda havia, no início da manhã, um número incerto de hóspedes dos hotéis de luxo em poder dos autores dos ataques. Os criminosos teriam selecionado ingleses e americanos para virarem reféns. As conseqüências desses atentados em série são, por enquanto, incertas, mas ficou claro que o terror continua sendo um inimigo totalmente imprevisível – e, por isso, difícil de ser combatido.




2. R$ 1 bilhão para Santa Catarina.
Depois de sobrevoar a região atingida pelas enchentes e dizer que nunca tinha visto “uma coisa assim”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma Medida Provisória (MP) liberando R$ 1,029 bilhão para a reconstrução do que foi derrubado pelas águas em Santa Catarina. Segundo o Estadão, a situação ainda é de calamidade em boa parte do Estado. “Em Itajaí, moradores se recusam a deixar casas inundadas, pois bandidos fazem rondas em barcos”, diz o jornal. Dos 5,8 milhões de habitantes do Estado, 1,5 milhão foram afetados de alguma forma. As mortes chegam a 97 e devem passar de cem, uma vez que há 19 desaparecidos confirmados.



3. Promotor que matou jovem em 2004 é absolvido.
O promotor Thales Ferri Schoedl, que matou um jovem e feriu outro numa praia de Bertioga, no litoral paulista, em 2004, foi absolvido por unanimidade pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo. Como informa a Folha (para assinantes), os 23 desembargadores entenderam que Thales agiu em legítima defesa, pois os dois rapazes teriam a intenção de agredi-lo. A acusação vai recorrer da decisão, citando uma súmula do Supremo para dizer que o julgamento não poderia ter ocorrido, pois a Corte ainda não determinou de maneira definitiva se o promotor permanecerá no cargo.

Comentário do blog: Promotor que matou jovem em 2004
é absolvido. E se fosse o jovem que tivesse matado o
promotor?




4. Paulinho tenta escapar da cassação.
A reunião do Conselho de Ética para votar o pedido de cassação do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, acusado de desviar recursos do BNDES, foi marcada pelo trabalho de seus aliados, que manobravam para absolvê-lo, não importando o conteúdo do parecer, como mostra O Globo. A estratégia foi contida pela deputada Solange Amaral (DEM-RJ), que pediu vistas do relatório, adiando a decisão. Para piorar, o relator do processo, Paulo Piau (PMDB-MG), admitiu ter feito o relatório com base apenas em denúncias veiculadas na imprensa, sem apurações adicionais. Em meio a tudo isso, Paulinho, talvez crente de sua absolvição, acertava com o secretár io-geral de Lula, Luiz Dulci, por meio de bilhetinhos, um jantar entre o presidente e líderes de centrais sindicais. O encontro só foi confirmado na terceira versão da agenda oficial de Lula. Será que o Planalto tentou esconder a reunião?


5. A paz que incha uma favela no Rio.
O Globo (íntegra para assinantes) desta quinta-feira traz uma reportagem sobre uma favela no Rio de Janeiro que está se expandindo basicamente por um motivo incomum: a tranqüilidade a seus moradores. Trata-se da Tavares Bastos, no Catete, zona sul da cidade. Segundo o texto, a comunidade passou de 4 mil para 6,8 mil habitantes de 2000 para cá, muito por conta da fama de um local sem a presença do tráfico. O Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar, está sediado no alto do morro há oito anos, o que inibe a ação dos traficantes. O problema, agora, é outro: como conter o inchaço da favela, que está no meio de uma Área de Proteção Ambiental. Não há Bope que resolva falta de planejamento urbano.Economia



6. Banco do Brasil anuncia corte de juros.
Mesmo com a crise financeira, o Banco do Brasil não vinha aliviando a mão nos juros para pessoas físicas. Depois de um "puxão de orelhas" do presidente Lula, como diz o Correio Braziliense (para assinantes), os clientes do BB terão encargos menores se quiserem rolar a dívida do cartão. O juro mínimo vai cair de 4,23% para 3,79% ao mês. Empresas com dificuldades de capital de giro ou buscando financiamento para exportação também terão taxas mais convidativas.



7. A reforma tributária depois da crise.
A Folha (para assinantes) traz um artigo assinado pelos secretários de Fazenda de São Paulo, Mauro Ricardo, e do Rio de Janeiro, Joaquim Levy, sobre a votação do substitutivo da reforma tributária aprovado pela Comissão Especial da Câmara. Segundo os dois, os deputados devem considerar, antes da votação, uma série de riscos decorrentes da atual crise na economia mundial e do novo mundo que está surgindo por causa do baque financeiro. A reforma, afirmam os secretários, não deve engessar ainda mais a Constituição Federal, com detalhes pontuais, mas estabelecer as linhas mestras do arcabouço tributário do século 21. Isso quer dizer que muito dos 400 dispositivos do longo substitutivo podem representar um entrave daqui a alguns anos, quando esses pontos podem não mais representar a realidade tributária do país. Apesar das considerações, os autores reafirmam o valor do substitutivo, mas salientam que os Estados e setores econômicos devem ver a reforma como um complexo orgânico, em que a melhoria do todo é mais importante que a inclusão de dispositivos que atendam exclusivamente a interesses específicos de determinado setor.


8. Obama: a promessa de "mudança" será cumprida?.
Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos com o atraente discurso da mudança, mas a nomeação de sua equipe econômica vem despertando críticas por causa da escolha de personagens já conhecidos de outras administrações. Entre eles está Paul Volcker, ex-presidente do Federal Reserve (banco central americano) que já prestou seus serviços a democratas e republicanos. Segundo o The Wall Street Journal, Obama se defende afirmando que as mudanças virão de cima, ou seja, dele. O presidente eleito também afirma o valor dos veteranos da economia americana e salienta que as mudanças virão de um combinado de experiência com pensamento renovado. Até o momento, Obama tem sido cauteloso para julgar o tímido papel que o presidente George W. Bush tem tido diante da c rise. As decisões governamentais estão sendo tomadas pela sua equipe econômica e a última entrevista coletiva de Bush foi em julho. O medo dos analistas americanos - e do mundo - é que o novo presidente esteja sentindo os mesmos medos do atual titular da Casa Branca e que seu mote de mudanças redunde em ações limitadas e pouco inovadoras sobre a crise.


9. O perigo atômico mora ao lado.
Cumprindo sua série de visitas oficiais à América Latina, o presidente russo, Dmitri Medvedev, assinou hoje na Venezuela um tratado bilateral para promover o desenvolvimento de energia nuclear para fins pacíficos. O acordo entre Caracas e Moscou tem enorme dimensão geopolítica, já que simboliza o aprimoramento do know-how nuclear do governo de Hugo Chávez e também é uma clara demonstração de força de Medvedev em uma das principais zonas de influência dos Estados Unidos. O temor é que nas entrelinhas do acordo para fins pacíficos estejam obscuras transferências de tecnologia atômica que possam ser utilizados para fins bélicos pela Venezuela. A BBC Brasil recorda que a Rússia é um dos principais fornecedores de armas para o país sul-americano, que comp rou US$ 4 bilhões em armamentos russos apenas nos últimos quatro anos.



10. O perigo da saída das tropas americanas do Iraque.
O parlamento iraquiano aprovou nesta quinta-feira o acordo com os Estados Unidos que estabelece como 2011 o prazo final para a retirada das tropas americanas do país, relata o El País. Segundo o jornal, o acordo foi fruto de intensas negociações entre os partidos da maioria xiita e seus aliados curdos e os partidos da minoria sunita, que temem perseguição política e religiosa após a saída dos americanos. Isso porque os sunitas eram dominantes durante o governo ditatorial de Saddam Hussein. O sucesso do acordo está sendo creditado ao presidente Nuri al Maliki, que conseguiu fazer com que os dois lados entrassem em consenso e estabelecessem garantias de que não haverá perseguição política aos a ntigos membros do governo de Saddam. O acordo também afirma a autoridade do governo iraquiano sobre as tropas americanas e retira a imunidade dos soldados em relação a alguns crimes. A expectativa da população iraquiana é grande. Resta saber se os rancores políticos e religiosos - agravados por décadas de um governo opressor e de uma guerra covarde - não farão com que o acordo falhe e que a onda de terror piore após a saída das tropas americanas.

III Encontro Natelense de Escritores.

Carlos Heitor Cony, um dos palestrantes do III ENE.

O III ENE – Encontro Natalense de Escritores vai começar. De 27 a 29 de novembro, de quinta-feira a sábado, na praça Augusto Severo na Ribeira, escritores, poetas, jornalistas, romancistas, pesquisadores e intelectuais de diferentes gerações e pensamentos discutirão suas visões e caminhos literários em encontros inéditos por aqui. Estarão juntos escritores nacionais e locais frente a frente com o público dialogando sobre literatura, música, poesia e o que mais permitir a transcendência das palavras. O evento é uma realização da Prefeitura do Natal através da Funcarte.




A mudança de local é uma das novidades do ENE. Diferente dos outros dois últimos anos que aconteceu no largo da Rua Chile, o Encontro Natalense de Escritores passa a se alojar na praça Augusto Severo, em frente ao Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão. A outra novidade é a separação dos shows e das mesas literárias. As apresentações acontecem agora num palco montado na área externa.




Entre as mesas literárias mais esperadas estão as duas voltadas para o tema Bossa Nova e Vinícius de Moraes, reunindo nomes como Zuza Homem de Melo, Roberto Menescal, Zé Dias, Damião Nobre, Paula Morelembaum, José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski. A obra de Machado de Assis e o pensamento do escritor Oswaldo Lamartine também serão alguns focos literários em destaque nesta terceira edição do ENE, reunindo nomes como o acadêmico Antônio Carlos Secchin, Murillo Mello Filho, Diógenes da Cunha Lima, e ainda Carlos Newton Jr, Antônio Naud e Woden Madruga.





Outra mesa literária em destaque é "O Escritor editor: conversas sobre o jornalismo literário", reunindo o editor da revista Bravo João Gabriel de Lima o professor e poeta Moacir Amâncio, o escritor Homero Fonseca e o jornalista Alex de Souza.





Arnaldo Antunes estará presente num bate-papo com o público na quinta-feira, conversando sobre poesia, literatura e música, e sobre seu livro "Como É que Chama o Nome disso", que ele irá autografar logo depois. O artista também fará um show acompanhado de banda, depois das 22h.





SERVIÇO:

III Encontro Natalense de Escritores

De 27 a 29 de novembro

Praça Augusto Severo, em frente ao Museu Municipal de Cultura Popular Djalma Maranhão, ao lado do colégio Salesiano, na Ribeira.





PROGRAMAÇÃO:
QUINTA-FEIRA, DIA 27 DE NOVEMBRO
Local: Praça Augusto Severo, Ribeira

16h – TENDA LITERÁRIA.
MESA LITERÁRIA: CONTO, POESIA E OUTRAS CONVERSAS COM CHICO MATTOSO, SILVÉRIO PESSOA, NÍCOLAS BEHR E CARLOS FIALHO (Mediador)
Diferentes gerações de poetas e autores discutem suas visões e caminhos literários, do blog ao livro, do conto ao romance, da poesia surgida nos mimeógrafos ao poema-celular e a letra essencialmente sonora.




17h35min — ESPAÇO DO LIVRO.
Os autores Chico Mattoso, Nicolas Behr, Silvério Pessoa e Napoleão Paiva autografam suas obras que estarão à venda no local.





18h30min — ESPAÇO DO LIVRO.
Lançamento do livro 'Vozes e Reflexões – Anais do II Encontro Natalense de Escritores' (Coleção Letras Natalenses), com a presença do organizador, Moacy Cirne.Lançamento do livro 'Panorama da poesia norte-rio-grandense' (Coleção Letras Natalenses), de Rômulo Wanderley.Lançamento de 'Xexéu – O Poeta das Lajes' (Coleção Documento Sonoro), com declamação do cordelista João Gomes Sobrinho (Xexéu).





19h — TENDA LITERÁRIA

ENCONTRO MARCADO COM ARNALDO ANTUNES



20h30min —MACHADO DE ASSIS E SEUS AMIGOS.

MESA LITERÁRIA COM ANTÔNIO CARLOS SECCHIN, MURILO MELO FILHO E DIÓGENES DA CUNHA LIMA (Mediador)






20h30m — ESPAÇO DO LIVRO

ARNALDO ANTUNES autografa seu livro 'Como é que chama o nome disso', lançado pela Publifolha que reúne os melhores poemas, ensaios, letras de música e caligrafias, selecionados pelo próprio Arnaldo, acrescidos de um livro inédito de poemas (Nada de DNA) e de uma longa entrevista (com Arthur Nestrovski, Francisco Bosco e José Miguel Wisnik), além de um ensaio introdutório (de Antonio Medina Rodrigues).




21h50min — TENDA LITERÁRIA.

Apresentação da coreografia 'Quem é a flor? Capitu.', do Balé da Cidade do Natal.Bailarinos: João Alexandre, Marcelo Magalhães e Manuelle Flor.




22h — ESPAÇO DO LIVRO.

Os escritores Antônio Carlos Secchin, Murilo Melo Filho e Diógenes da Cunha Lima autografam suas obras, à venda no local.




22h10min — PRAÇA AUGUSTO SEVERO

SHOW DE ARNALDO ANTUNES E BANDA










SEXTA-FEIRA, DIA 28 DE NOVEMBRO DE 2008


16h — TENDA LITERÁRIA

MESA LITERÁRIA: PALAVRA ESCRITA, PALAVRA CANTADA.

COM ABEL SILVA, NIVALDETE FERREIRA, ANTÔNIO RONALDO E EDUARDO GOSSON (Mediador).




17h30min —TENDA LITERÁRIA

MESA LITERÁRIA: O ESCRITOR EDITOR - CONVERSAS SOBRE O JORNALISMO LITERÁRIO BRASILEIRO COM JOÃO GABRIEL DE LIMA, HOMERO FONSECA, MOACIR AMÂNCIO E ALEX DE SOUZA (Mediador).






17h35min — ESPAÇO DO LIVRO.

Os autores Abel Silva, Antônio Ronaldo, Nivaldete Ferreira e Eduardo Gosson autografam suas obras no local.





18h30min — ESPAÇO DO LIVRO.

LANÇAMENTO DO "CD ZILA MAMEDE: O EXERCÍCIO DA PALAVRA CANTADA", COM TEXTOS SELECIONADOS POR ANTÔNIO RONALDO.




19h — ESPAÇO DO LIVRO.
Sessão de autógrafos com os autores João Gabriel de Lima, Moacir Amâncio e Homero Fonseca.





19h — TENDA LITERÁRIA.
TEMA: O NORDESTE NA LITERATURA BRASILEIRACOM CARLOS HEITOR CONY e TARCÍSIO GURGEL (Entrevistador)



20h25min — TENDA LITERÁRIA.
Apresentação da coreografia 'Metro²', do Balé da Cidade do Natal.Bailarinos: Lui Medeiros e Marx Bruno



20h30m — TENDA LITERÁRIA.
TEMA: A FICÇÃO E A REALIDADE EM "NÃO VERÁS PAÍS NENHUM".
O escritor IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO e jornalista WASHINGTON NOVAES se encontram para discutir temas como meio-ambiente sob a ótica do famoso romance "Não Verás País nenhum", de Ignácio de Loyola Brandão, publicado originalmente em 1981, onde o autor revela a face caótica de uma hipotética São Paulo, através do personagem Souza. A obra está completando 27 anos.


20h35min — ESPAÇO DO LIVRO.
Sessão de autógrafos com os autores Ignácio de Loyola Brandão e Washington Novaes



22h — PRAÇA AUGUSTO SEVERO.
Concerto da Banda Sinfônica da Cidade do Natal.





SÁBADO, DIA 29 DE NOVEMBRO DE 2008.


6h — TENDA LITERÁRIA.
MESA LITERÁRIA: OSWALDO LAMARTINE: OFÍCIO E ESTILO DE UM REGISTRADOR DE COISAS COM CARLOS NEWTON JR, ANTÔNIO NAUD JÚNIOR E WODEN MADRUGA (moderador).


17h30min — TENDA LITERÁRIA
MESA LITERÁRIA: O DESENHO RÍTMICO DA BOSSA NOVA COM ZUZA HOMEM DE MELO, ROBERTO MENESCAL, JOSÉ DIAS E DAMIÃO NOBRE (mediador)


18h30min — ESPAÇO DO LIVRO.
LANÇAMENTO DE "UNS FESCENINOS" – ANTOLOGIA POÉTICA DE OSWALDO LAMARTINE, COM ANOTAÇÕES DO ESCRITOR E PESQUISADOR VIRGÍLIO MAIA.

*LANÇAMENTO DE "VELHOS ESCRITOS DE JORGE FERNANDES", DE HUMBERTO HERMENEGILDO


*LANÇAMENTO DO CD 'CONGOS DE CALÇOLA' (COLEÇÃO DOCUMENTO SONORO), COM APRESENTAÇÃO DO GRUPO.


18h30min — TENDA LITERÁRIA
Apresentação da coreografia 'Bossa Nova', da STEP Cia. de Dança. Glebe Duarte (sapateado) e Emerson Carpegiani (sax)


19h — TENDA LITERÁRIA
MESA LITERÁRIA: VÍNÍCIUS: PALAVRA E MÚSICA.
Aula-show com JOSÉ MIGUEL WISNIK, ARTHUR NESTROVSKI e PAULA MORELENBAUM.


19h10min – ESPAÇO DO LIVRO.
JOSÉ MIGUEL WISNIK e ARTHUR NESTROVSKI autografam suas obras


20h30min — TENDA LITERÁRIA
TEMA: UM ROMANCISTA NATO CRISTÓVÃO TEZZA E HUMBERTO HERMENEGILDO


22H – ESPAÇO DO LIVRO

História em quadrinhos (03).



Sem comentários.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

História em quadrinhos (02).


Fonte: http://ivancabral.blogspot.com

Faz sentido.

Pelo Brasil e pelo mundo: 26 de novembro.

Estamos dando início a uma nova postagem durante as férias. Diariamente, você terá os dez fatos que mereceram destaques nos principais jornais do Brasil e do Mundo. Boa leitura.

1. A imagem do desespero em Santa Catarina
Quando o furacão Katrina devastou Nova Orleans (EUA) em 2005, chocamo-nos com imagens de mercados sendo saqueados em meio à destruição. Agora a cena de desespero está bem mais perto, em Santa Catarina. Na imagem do repórter fotográfico da RBS Patrick Rodrigues que ilustra a capa da Folha e do Globo, dezenas de pessoas saqueiam um supermercado de Itajaí completamente alagado. O número de mortos por causa das chuvas pode passar de cem. Faltam água, luz e comida em várias cidades, o que acaba levando parte dos desabrigados a saquear o comércio, como informa a Folha (para assinantes). Quando o pior da tragédia passar, as autoridades não terão apenas de explicar por que o problema ganhou tal dimensão. Será necessário criar um planejamento sério para evita r a repetição de cenas lamentáveis como a da foto do supermercado.
Economia
2. O saco sem fundo da ajuda do governo americano.
As cifras dos planos de salvamento do governo americano para a economia tornaram-se ainda maiores ontem, com o anúncio de que mais US$ 800 bilhões serão injetados nos mercados de crédito. O Fed (banco central) deve bancar a maior parte desse valor. Com isso, segundo o The Wall Street Journal, a instituição se torna “um agente financeiro em quase todos os cantos da vida americana”. Desse montante, US$ 600 bilhões servirão para cobrir dívidas emitidas ou garantidas por empresas do setor de crédito imobiliário, como as gigantes Fannie Mae e Freddie Mac. Os outros US$ 200 bilhões vão para financiar investidores na compra de títulos de dívida vinculados a créditos estudantis, automobilísticos e de cartões. O WSJ traz um gráfico com todos os pacotes já anunciados pelo g verno americano desde o início da crise. A soma já passa de US$ 2 trilhões, mais do que o PIB nominal do Brasil em 2007, que ficou em US$ 1,3 trilhão. Qual é o fundo do saco de dinheiro do Fed?

3. União Européia também anuncia pacote.
Na onda dos pacotes de salvamento, a União Européia deve anunciar nesta quarta-feira um conjunto de medidas para estimular os investimentos na indústria e a recuperação dos níveis de consumo dentro do bloco, que passa pela primeira recessão desde que o euro foi adotado como moeda comum. A BBC Brasil informa que uma das propostas é ampliar para € 55 bilhões a € 60 bilhões os recursos de empréstimos do Banco Europeu de Investimentos entre 2009 e 2010. A idéia é incentivar principalmente os setores automotivo e da construção civil, os mais afetados pela crise.
4. O Brasil de olho na África.
O diário espanholEl Pais traz uma reportagem nesta quarta-feira sobre o crescente interesse da economia brasileira pela África. E o etanol de cana-de-açúcar seria o motor dessa aproximação com os africanos, uma vez que o continente, diz o jornal, tem todos os elementos necessários para o cultivo da cana-de-açúcar: “vastos hectares de área agricultável, sol em abundância e mão-de-obra farta”. O texto afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tem entendimentos com 15 países africanos para projetos de cooperação tecnológica na produção de etanol. “É preciso considerar também o conhecido interesse de Lula de criar uma área de influência estratégica brasileira no continente africano, algo que se reflete claramente nas sete visitas oficiais que já fez à região desde que virou presidente. Mais de uma por ano.” A estratégia de Lula, porém, se choca com os interesses de um concorrente de peso: a China também anda de olho na exploração dos recursos naturais do continente.
Política
5. Câmara aprova mudança em tramitação de MPs.
A Câmara aprovou, por 363 votos a favor e 50 contra, uma proposta de emenda constitucional que altera a edição e a tramitação de Medidas Provisórias (MPs), informa o Estadão. O texto mantém o poder do presidente de editar quantas MPs quiser, e elas seguirão valendo por 120 dias. A mudança principal, então, está no trancamento da pauta de votações quando chega uma MP ao Legislativo. Hoje, uma MP bloqueia a pauta na Câmara ou no Senado se não for apreciada após 45 dias de sua edição. Pela proposta aprovada ontem, chamada de “trancamento disfarçado”, a MP passa a entrar como primeiro item da pauta 16 dias após editada. Para mudar essa ordem, colocando outro projeto à frente, só por meio de requerimento aceito pela maioria absoluta (257 deputados, se estiver na Câmara , ou 41 senadores, se estiver no Senado). Como a votação de MP exige maioria simples, os congressistas tendem a optar por avaliá-la primeiro. Na prática, pouco muda: as Medidas Provisórias continuarão sendo uma poderosa arma do Executivo para impor certas medidas que, muitas vezes, não têm o caráter de urgência e relevância exigidos pela legislação brasileira para se tornarem objeto de MP.

6. Supremo abre novo inquérito contra Paulinho da Força.
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados começa a julgar hoje o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), acusado de desviar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), num suposto esquema revelado pela Operação Santa Tereza, da Polícia Federal. O relator do caso no conselho, Paulo Piau (PMDB-MG), já declarou ser favorável à cassação de Paulinho e à sua inelegibilidade até 2018. Como se já não estivesse complicada a vida do parlamentar, a Folha (para assinantes) informa que ele é objeto de um outro inquérito no Supremo por novas suspeitas de desvio de dinheiro público. A Força Sindical, presidida pelo deputado, teria usado alunos fantasmas para justificar repasses da União a cursos oferecidos para desempregados. Segundo o Ministério Público Federal, foram localizados nos cadastros de alunos desses cursos 26.991 nomes e 2 4.948 números de CPF repetidos.
Ambiente
7. Projeção de mudanças climáticas no Nordeste assusta
Um estudo a ser divulgado nesta quarta-feira durante a I Conferência Regional Sobre Mudanças Climáticas, em Fortaleza, traz projeções alarmantes sobre o que pode ocorrer na Região Nordeste se forem confirmadas as previsões de aumento global das temperaturas. Um acréscimo de 4 graus Celsius até 2070 pode causar a perda de 80% das terras propícias à agricultura no Ceará. Em Pernambuco, o segundo Estado mais afetado da região, a redução das áreas agricultáveis chegaria a 65%. Com menos terras férteis, é evidente que a população do campo migre com mais intensidade para os centros urbanos. O fluxo de pessoas em direção às cidades pode chegar a 247 mil pessoas entre 2035 e 2045 e a 236 mil pessoas entre 2045 e 2050. E os efeitos para a economia, é claro, também seriam desastrosos.

A perda da capacidade produtiva e o aumento da migração para cidades (que contribuiu para o colapso do sistema de saúde) custarão 11,4% de toda a riqueza produzida no Nordeste – o equivalente a dois anos de crescimento econômico. Uma reportagem do Blog do Planeta da revista ÉPOCA, afirma que “um dos caminhos para reduzir os impactos das mudanças climáticas no Nordeste é o mesmo para frear o aquecimento global: parar o desmatamento, um dos principais responsáveis pelo processo de desertificação porque deixa o solo sujeito à erosão”.



Saúde
8. Plano anti-aids da OMS causa polêmica.
A Organização Mundial da Saúde anunciou um plano ousado de combate à aids em todo o mundo. A idéia é fazer o teste do HIV em todos os habitantes de regiões consideradas críticas para a doença, como a África Sub-Saariana, e aplicar coquetéis de medicamentos imediatamente às pessoas cujo resultado der positivo. Segundo a OMS, isso poderia reduzir bastante o número de novos infectados, pois o tratamento diminui a presença do vírus no corpo e tornaria mais difícil o contágio por relações sexuais sem proteção. A polêmica está na questão dos direitos humanos, como informa o jornal britânico
The Guardian: esses tratamentos, em geral, são aplicados apenas quando a pessoa portadora do vírus realmente depende deles para sobreviver, pois há muitos efeitos colaterais. Pelo plano da OMS, elas seriam quase obrigadas a receber os coquetéis, mesmo num estágio inicial da infecção.
9. Jovens são as principais vítimas de armas de fogo na AL.
A conclusão do Mapa da Violência da América Latina, apresentado ontem pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), não chega a ser novidade, mas nem por isso deixa de reforçar o alerta sobre quem são as maiores vítimas da violência na região: os jovens. Os 16 países pesquisados concentram os alvos de assassinatos por arma de fogo na população de 15 a 24 anos. Citando o estudo, o Estadão diz que, no Brasil, para cada pessoa assassinada, 2,7 jovens são mortos.
Mundo
10. Visita de presidente russo ao Brasil mostra proximidade.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, está em visita ao Brasil e ainda nesta semana segue para a Venezuela e, depois, para Cuba. De acordo com a BBC Brasil “o motivo da viagem e do interesse russo no Brasil e na região tem dois pólos: o geopolítico e o econômico”. A Rússia acredita que marcar presença na América Latina pode servir como uma forma de contrabalançar o poder dos Estados Unidos. Mais que isso, os russos vêem nos países da região um grande potencial de expansão para a sua economia. No Brasil, o objetivo é ocupar o espaço, hoje preenchido pela França, de principal fornecedor de tecnologia na área de defesa. Mesmo na Venezuela, onde se pensa que a parceria russa tem algum matiz ideológico, os russos só têm olhos para a exploração petrolífera.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vestibular: Comperve diz que resultado da 1ª fase sai em 10 dias


Acabou a maratona para Vestibular 2009 da UFRN. Depois de três dias de prova, agora os candidatos querem relaxar e esperar pelo resultado. A classificação da primeira fase deve ser divulgada dentro de 10 dias, de acordo com a presidente da Comissão Permanente de Vestibular, Comperve, Betânia Ramalho. Já o resultado final, é esperado para os primeiros dias de janeiro.


(...)


A coordenadora de concursos da Comperve, Gisele Almeida, avalia que o Vestibular 2009 da UFRN foi tranqüilo. ``Este ano houve mais tranqüilidade nos candidatos. A gente procura fazer o vestibular ser a cara do Ensino Médio do Rio Grande do Norte. Aquele tabu do medo está desaparecendo'', declarou. De acordo com o edital, o prazo para recursos contra as questões vai até quinta-feira, mas até o momento não há informações sobre questões contestadas.


NÚMEROS
O Vestibular 2009 da UFRN teve 25.409 candidatos concorrendo a 5.648 vagas em 98 cursos, sendo 16 novos. O concurso durou três dias e as provas foram realizadas em 47 locais diferentes, distribuídos em cinco cidades. Uma estrutura diferenciada foi preparada para atender 21 candidatos com necessidades especiais.

Ao final do processo seletivo, foram registradas 2.220 faltas, sendo 1.772 no primeiro dia, 186 no segundo e 262 no último dia. As faltas correspondem a 8,74% dos candidatos inscritos, na média dos anos anteriores. Também houve três eliminações de candidatos e 38 atendimentos médicos.


Patrícia Britto.


Chave de respostas - História (terceiro dia do vestibular UFRN)

Amigos!

Aí está a chave de respostas que a equipe produziu sobre a prova dissertativa de História.

Questão 05
A) O trecho do Corão conclama os fiéis muçulmanos a lutar contra aqueles que seriam "infiéis", ou seja, não-islâmicos. Tal idéia justifica a expansão muçulmana a partir da jihad (guerra santa) frente as outras populações. Assim, esse aspecto foi fundamental para a consolidação dos domínios territoriais apresentados no mapa, como o norte da África, a península Ibérica e regiões da Ásia.

B) São várias as conseqüências de natureza econômica, dentre as quais: restrição do comércio mediterrânico aos europeus, aumento do preço dos produtos oriundos das rotas comerciais devido ao monopólio muçulmano, a ruralização e a feudalização da Europa ocidental.

C) De natureza cultural, pode-se lembrar: expansão da fé islâmica, difusão do conhecimento científico do oriente, desenvolvimento e sofisticação da matemática, medicina, física e biologia, tradução de obras da filosofia greco-romana, difusão de invenções chinesas (bússola, astrolábio, papel, pólvora).

Questão 06

A) O American Way of Life consolidou a postura de liderança dos Estados Unidos no mundo capitalista, defendendo posturas contrárias ao comunismo soviético, como a defesa da democracia liberal e da propriedade privada. Entretanto, quando da ameaça de comunismo, os EUA apoiaram golpes de direita, como acontece no Chile, Argentina e Brasil. O aluno também poderia destacar o embargo a Cuba.

B) O American Way of Life contribuiu na medida em que despertava os desejos consumistas e a idéia da conquista da felicidade através da posse de bens materiais (eletrodomésticos e automóveis, por exemplo).

Questão 07
A) Para responder essa questão o aluno deveria explicar aspectos que marcaram o poder político brasileiros à época, como o coronelismo, a política dos governadores e a política do café-com-leite. os quais terminavam por restringir a participação popular no campo ou na cidade e consolidar o poder das oligarquias, principalmente as que se ligavam às estruturas agrárias arcaicas.

B) A década de 1920 apresentou inúmeros movimentos que criticavam a política nacional. Podemos destacar:
  • Tenentismo - criticava as estruturas arcaicas da república, lutando pela criação de uma justiça do trabalho e de uma justiça eleitoral, bem como pelo voto secreto.
  • Semana de Arte Moderna - repensava a identidade nacional a partir de modelos brasileiros, criticando o academicismo parnasianista. Os modernistas, em suas obras, denunciaram a miséria e exploração sofridas pelo povo.
  • Criação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) - organização política de esquerda que criticava as elites cafeicultoras, lutando pelo comunismo no Brasil.
  • Movimento das sufragistas - exige maior participação feminina na política e na educação.
  • Movimento operário - fortalecimento da classe operária urbana, com a atuação de imigrantes, greves e ideologias anarquistas e socialistas.
Questão 08
A) Djalma Maranhão fez campanhas culturais e educacionais de cunho popular. Em sua administração, Maranhão financiou grupos folclóricos e criou bibliotecas em bairros operários, com o intuito de apoiar e difundir a cultura entre os menos favorecidos. Entretanto, merece destaque a campanha de alfabetização de jovens e adultos - De pé no chão também se aprende a ler - que se utilizava do método Paulo Freire, o qual conscientizava politicamente o aluno.

B) O regime militar acabou com as campanhas lideradas por Djalma Maranhão, além de tê-lo deposto do cargo de prefeito, de onde saiu para ser exilado no Uruguai. Assim, os militares afastaram um destacado líder político natalense e desartircularam suas medidas, consideradas "comunistas" pelos setores conservadores.

A filosofia do CIS!

Ontem, após um aulão de revisão de História, um jovem me interpelou na saída e fez a seguinte observação; "professor, parabéns! eu admiro muito o trabalho de vocês; qual o segredo do CIS?"


Sorri, agradeci o comentário e saímos cada um para o merecido repouso após aquela maratona. Hoje pela manhã, a pergunta, não respondida àquele jovem, não saia da minha cabeça: qual o segredo do CIS?


Na busca por uma resposta, lembrei de uma frase do bailarino russo Mikhail Baryshnikov que certa vez disse:


"Não tento dançar melhor do que ninguém. Tento apenas dançar melhor do que eu mesmo."


Não sei se esse é o segredo... se for, talvez esse seja o nosso!


Espero que aquele jovem estudante tenha a oportunidade de ler esta postagem.


Espero que todos os jovens estudantes tenham a oportunidade de ler esta postagem.


Mikhail Baryshnikov nos dá uma grande lição.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Resposta aos comentários - segundo dia do vestibular


Caros amigos, sei que a prova suscitou muitas discussões. Estive a pouco tempo na revisão de véspera do CDF e escutei muitos comentários dos alunos, alguns positivos e outros negativos.

Infelizmente a prova não pode agradar a todos. Mas acho que, frente ao que estava acontecendo, a avaliação teve um ganho de qualidade e, certamente, isso assustou muitos candidatos. Acredito que a prova de História tenha sido uma das mais complicadas da primeira fase.

Embora queiramos comentar todas as questões, esse modelo de vestibular - com dois dias de revisão para cada disciplina - restingiu o tempo da equipe. Estamos bastante ocupados e, por isso, eu discutirei apenas sobre o que foi comentado no blog.


Questão 22 - resposta A
O texto de Mikhail Bakhtin discute o riso na Idade Média, lembrando que este período ficou marcado pela atuação do cristianismo e, conseqüentemente, da Igreja Católica. O aluno, para responder essa questão, deve ler o texto com bastante atenção, pois ele afirma que "o tom sério caracterizava uma cultura medieval oficial". Ou seja, a cultura da Igreja, dos intelectuais e dos nobres. Assim, existia uma cultura popular que se utilizava do humor para satirizar o cotidiano do medievo.
A letra B, que poderia suscitar dúvidas, está incorreta pelo fato de expor que a influência da Igreja Católica teria extinguido as criações humorísticas. Embora criticasse, o catolicismo não conseguiu acabar com o humor, presente em peças e canções medievais.

Questão 26 - resposta B
A letra B lembra elementos da cultura indígena que foram incorporados pelos colonizadores, como a agricultura de coivara (queimada de florestas para a plantação de gêneros alimentícios, como a mandioca) e a utilização da farinha como alimento básico da colônia.
O aluno, para responder essa questão, deve se lembrar que os índios exploravam o território da mata atlântica, principalmente os do tronco linguístico Tupi, pois muitos já conheciam a agricultura rudimentar.
O único quesito que poderia gerar dúvida é o D. Entretanto, o erro está no fato de que "a produção indígena de feijão, milho, jerimum e mandioca foi integrada à economia açucareira da Colônia, fornecendo abundantemente os gêneros alimentícios de que esta necessitava". O aluno deveria lembrar que, na empresa açucareira, havia momentos de carestia e fome, ocasionada pela pouca abundância de gêneros alimentícios.

Questão 29 - resposta B
Não considero absurda essa questão sobre Gilberto Freyre, pois o aluno, mesmo o que não conhecesse a obra Casa-grande e Senzala, poderia responder a questão analisando o contexto em que a obra foi produzida, a década de 1930.
Fatos que poderiam levar ao entendimento da questão: a década de 1930 ficou marcada pela Era Vargas, momento em que os intelectuais brasileiros procuraram valorizar a mestiçagem e seus aspectos, como o samba e a capoeira; Freyre está no contexto dos intelectuais modernistas que, no eixo Rio-São Paulo, discutiam a identidade nacional a partir da miscigenação (o aluno poderia se lembrar do manifesto antropofágico e da Semana de Arte Moderna); Freyre, como diz o enunciado da questão, "dialoga com as idéias dos intelectuais brasileiros das gerações anteriores", os quais discutiam princípios como higienismo e eugenia, além do darwinismo social. Por sua vez, Freyre critica essa idéias.
Considero essa questão complicada, pois necessita muita interpretação e conhecimento de mundo.

Questão 30 - resposta D
Para responder essa questão o aluno deve se lembrar que, em dezembro de 1937, Getúlio Vargas já havia dado o golpe de Estado Novo, iniciando um período de exceção política marcado pelo nacionalismo. Se lembrem que Vargas tinha interesses em criar um Estado Nacional unificado por padrões nacionais, em oposição às oligarquias - principalmente a paulista, que tinha grande influência econômica e social. Assim, ele se utilizava de símbolos - como a bandeira do Brasil -, do culto ao líder - a idéia de Pai dos Pobres - e da propaganda para difundir essas perspectivas.