domingo, 31 de agosto de 2008
Algumas imagens (parte 04)
Natal, ontem e hoje.
Novos indícios de que Jango foi assassinado.
Para dar prosseguimento às investigações, a comissão pede no relatório uma série de documentos e informações às Forças Armadas brasileiras, e aos governos da Argentina, Uruguai e Estados Unidos.
por Dafne Melo.
http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/novos_indicios_de_que_jango_foi_assassinado.html.
sábado, 30 de agosto de 2008
Romeu e Julieta: romance ou História?
“Romeu e Julieta”, do escritor britânico William Shakespeare, conta uma afamada história de amor que envolve um casal de jovens apaixonados proibidos de vivenciar sua experiência amorosa mediante a rivalidade de suas famílias. A intensidade dos diálogos e das ações envolvendo o atraente e trágico casal apaixonado desperta certa desconfiança sobre os limites do real e do imaginado. Afinal, Romeu e Julieta viveram para fora da cabeça de Shakespeare?
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
O crescimento Demográfico
Do inicio dos anos 70 até hoje, o crescimento da população mundial caiu de 2,1% para 1,6% ao ano, o numero de mulheres que utilizaram algum método anticoncepcional aumentou de 10% para 50% e o número médio de filhos por mulher em países subdesenvolvidos caiu de 6 para 4. Ainda assim, esse ritmo continua alto e, caso se mantenha, a população do planeta duplicará até 2050.
O crescimento demográfico está ligado a dois fatores: o crescimento natural ou vegetativo, e a taxa de migração, que é a diferença entrem a entrada e a saída de pessoas de um território.
O crescimento da população foi, explicado a partir de teorias. Vejamos as principais.
Teoria de Malthus
Em 1798, Malthus publicou uma teoria demográfica que apresenta basicamente dois postulados:
- A população, se não ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais, tenderia a duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria, portanto, em progressão geométrica.
- O crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas em progressão aritmética e possuiria em limite de produção, por depender de um fator fixo: o próprio limite territorial dos continentes.
Malthus concluiu que o ritmo de crescimento populacional seria mais acelerado que o ritmo de crescimento da produção alimentar. Previa ainda que um dia estariam esgotadas as possibilidades de aumento da área cultivada, pois todos os continentes estariam plenamente ocupados pela agropecuária e a população do planeta continuaria crescendo. A conseqüência seria a fome, a falta de alimentos para abastecer as necessidades de consumo do planeta.
Hoje, sabe-se que suas previsões não se concretizaram: a população do planeta não duplicou a cada 25 anos e a produção de alimentos cresceu no mesmo ritmo do desenvolvimento tecnológico. Os erros dessa previsão estão ligados principalmente as limitações da época para a coleta de dados, já que Malthus tirou suas conclusões a partir da observação do comportamento demográfico em uma região limitada. Não previu os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e do progresso tecnológico aplicado a agricultura.
A fome que castiga mais da metade da população mundial é resultado da má distribuição, e não da carência na produção de alimentos. A fome existe porque as pessoas não possuem o dinheiro necessário para suprir suas necessidades básicas, fato facilmente do enorme volume de alimentos exportados, as prateleiras dos supermercados estão sempre lotadas e a panela de muitas pessoas n~\o tem nada para comer.
Teoria de neomalthusiana
Foi realizada uma conferencia de paz em 1945, em São Francisco, que deu origem a Organização das nações Unidas. Foram discutidas estratégias de desenvolvimento, visando evitar a eclosão se um novo conflito militar em escala mundial.
Mas havia um ponto de consenso entre os participantes: a paz depende da harmonia entre os povos e, portanto, da diminuição das desigualdades econômicas no planeta.
Passaram a propor amplas reformas nas relações econômicas, é óbvio, diminuíram as vantagens comerciais e, portanto, o fluxo de capitais e a evasão de divisas dos países subdesenvolvidos em direção ao caixa dos países desenvolvidos.
Foi criada a teoria demográfica neomalthusiana, ela é defendida pelos países desenvolvidos e pelas elites dos países subdesenvolvidos, para se esquivarem das questões econômicas. Segundo essa teoria, uma população jovem numerosa, necessita de grandes investimentos sociais em educação e saúde. Com isso, diminuem os investimentos produtivos nos setores agrícolas e industriais, o que impede o pleno desenvolvimento das atividades econômicas e, portanto, da melhoria das condições de vida da população.
Segundo os neomalthusianos, quanto maior o numero de habitantes de um país, menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser distribuído pelos agentes econômicos.
Ela passa, então, a propor programas de controle de natalidade nos países subdesenvolvidos e a disseminação da utilização de métodos anticoncepcionais. É uma tentativa de encobertar os efeitos devastadores dos baixos salários e das péssimas condições de vida que vigoram nos países subdesenvolvidos a partir de uma argumentação demográfica.
Teoria reformista
Nessa teoria uma população jovem numerosa, em virtude de elevadas taxas de natalidade, não é causa, mas conseqüência do subdesenvolvimento. Em países desenvolvidos, onde o padrão de vida da população é elevado, o controle da natalidade ocorreu paralelamente a melhoria da qualidade de vida da população e espontaneamente, de uma geração para outra.
É necessário o enfrentamento, em primeiro lugar, das questões sociais e econômicas para que a dinâmica demográfica entre em equilíbrio.
Para os defensores dessa corrente, a tendência de controle espontâneo da natalidade é facilmente verificável ao se comparar a taxa de natalidade entre as famílias brasileiras de classe baixa e as de classe média. Á medida que as famílias obtém condições dignas de vida, tendem a diminuir o números de filhos para não comprometer o acesso de seus dependentes aos sistemas de educação e saúde.
Essa teoria é mais realista, por analisar os problemas econômicos, sociais e demográficos de forma objetiva, partindo de situações reais do dia-a-dia das pessoas.
Teoria Ecomalthusiana
Afimavam que a causa dos problemas ambientais globais estava intimamente ligada ao elevado crescimento demográfico verificado nos Países Subdesenvolvidos, sendo necessario um novo controle de natalidade através do uso generalizado de anticoncepcionais.
Esta teoria é facilmente refutada, pois a causa principal dos problemas ambientais que o mundo vive se deve em larga escala, ao elevado consumismo que ocorre no mundo desenvolvido, com elevado desperdício de matérias-primas e energia.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Seu Zé.
"Brinquedo perigoso"
Qual o sentido de um arquétipo plastificado em pin-up loura, fria como as neves do norte europeu, num país de mestiços, afogados em suor? Nada além de sublinhar o modelo da juventude americana numa sociedade que já engole lixo cultural suficiente, vindo dos Estados Unidos. Para começar, trata-se de impor um estilo de vida "cor-de-rosa" a toda uma geração de meninas, na sua maioria, pobres: roupas, jóias, maquiagem, tudo de mais supérfluo e descartável. A boneca traduz a idéia de que a mulher deve ser tão improdutiva quanto dispendiosa. Seus saltos altos parecem martelar impiedosamente a necessidade de opulência, de despesas desnecessárias, sugerindo ao mesmo tempo a exclusão feminina do trabalho produtivo e, por conseguinte, a dependência financeira do homem. Nossas filhas são precocemente empurradas para o mundo da riqueza. Barbie ensina-lhes a serem consumidoras e consumíveis pelos homens. Na interação da boneca com a criança, a atenção dada ao aspecto exterior reforça a idéia de que a beleza física é a chave da popularidade e, conseqüentemente, da felicidade: pernas longas, cintura de pilão, traços delicados, cabelos sempre lisos e louros, seios fálicos como foguetes. Preciso lembrar quantas meninas ficam absolutamente frustradas por não serem assim?
O universo de Barbie, sua casa, seu guarda-roupa, seu carro etc. remete à imagem de uma sociedade que é microcosmo de competição e comparação. Seu mundo é feito de valores materiais, do culto ao dinheiro, das compras sem fim. A caricatura étnica da boneca “morena” só faz acentuar o ideal normativo, em que os traços raciais e outros atributos são apagados. Christie, a amiga negra, não representa a diferença, mas alguém que, diante da loura, está fora da norma. Norma que só satisfaz, sublinhe-se, no narcisismo, no cuidado com a aparência, numa feminilidade sem falhas. Pior. Barbie faz pensar numa geração de mulheres clonadas, perfeitas, incompatíveis com a realidade social, o que, do ponto de vista da ilusão, deve confortar muita mãe inconseqüente.
Falo mal da Barbie para lembrar a mães, educadoras, psicólogas e professoras que somos responsáveis pela construção da subjetividade de nossas meninas. Mas a futilidade de Barbie não exclui a sua utilidade de lembrar-nos que temos de lutar por valores melhores do que o dinheiro ou de desejarmos para nossas filhas outra coisa que tornar-se simples mulheres-objeto.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Agradecimento.
Desafio 7
Qual é a área de ocorrência do cerrado, no Brasil?
a) Como se pode explicar a sobrevivência das árvores e a perenidade dos rios do cerrado, durante o período da seca?
b) Dê as características da atividade agrícola desenvolvida nessa área.
domingo, 24 de agosto de 2008
"Um Guia da cidade do natal" de 1958".
"Agora, imagine que em 1958, Natal tinha 163 mil habitantes, isto é, menos de 1/4 da população atual. A revista é interessantíssima, pela ingenuidade e o romantismo que eram características marcantes daquela época. Uma das grandes novidades naquele momento na cidade que o Guia anunciava era o barco a vela que atravessava as águas do rio Potengi com destino a praia da Redinha", aponta Cunha Lima.
O "Guia da Cidade do Natal" é uma revista de serviços completa, ali era possível encontrar toda a programação das chegadas e saídas dos Trens, como também, das três linhas aéreas que pousavam em terras potiguares: a argentina Aereo Lineas, Pan Air e a alemã KLM.
"Um dos serviços oferecido e que estava no auge era o de datilografia. O time de futebol ABC tinha a sua sede na Avenida Afonso Pena e como lazer para seus associados e familiares passava filmes como o de Tarzan. Os cinemas da época, eram o Rex, São Luiz, São Pedro e Nordeste, nenhum sobreviveu até os dias de hoje. O Granada bar, do basco Nemésio Morquecho era o único apontado como especializado por esta edição", são alguns das memórias que podem ser encontradas no Guia cita o escritor.Diógenes da Cunha Lima, lembra ainda um ponto alto do livro, "o anúncio da Universidade Popular do Rio Grande do Norte, cujo endereço era Junqueira Ayres, 377, isso mesmo, justamente a universidade era localizada na casa de Câmara Cascudo, foi ele quem inventou isso, e quer saber, aquela "universidade" realmente funcionava, todo dia tinha as famosas conferências, a cada livro emprestado para seus discípulos tinham que ser devolvidos com um resumo opinativo, sem contar que era aberta, quem tinha a fome pelo saber era só chegar".
Quem viveu naquele ano, com certeza lembra de nomes, como: "Armarinho Rosa de Saron"; "Duas Américas"; "Confeitaria CISNE (que vendia a cachaça Formosa Syria"; a Construtora "Joaquim Victor"; "Loja Scope"; "Casa Rubi"; "Importadora de automóveis Omar Medeiros", "Banho à Vapor - Emídio Coelho"; "Aguardente Sentinela", "Livraria Ismael Pereira", "Gelo Pinguim" e, quem não se lembra do guaraná Fratelli Vita e da Dore (essa ainda continua sendo fabricada).
E, os profissionais sempre atentos ao modernismo e cientes da necessidade do marketing, já anunciavam seus serviços, como os dentistas: Jair Navarro, Jessé Cavalcanti, Max Azevedo, Ney Gurgel, entre outros. Os advogados: Djalma Marinho, Dante de Meldina, Hélio Galvão, Paulo Viveiros, Romildo Gurgel, Tulio Fernandes, Cortês Pereira, Ticiano Duarte, Roberto Furtado e Moacyr de Góis. Os anúncios dos médicos tinham particularidades na hora da descrição das especialidades: Abelardo Calafange (especialista em crianças); Bandeira de Melo (especialista em Ano-retais); Newton Azevedo (especialista em doenças de senhoras); Pedro Lucena (especialista em pele e sífilis), entre outros.
O guia é um registro completo do que a cidade oferecia para os seus 163 mil habitantes, de igrejas e congregações (Irmãs filhas de Santana, Irmãs Franciscanas e hospitaleiras, etc.), lojas, serviços, com poucas fotos, duas têm destaque a da Maternidade Januário Cicco e da Escola Doméstica (a diretora atual Noilde Ramalho, já ocupava esse cargo no ano de 1958), outra personalidade que se fez presente no Guia foi o crônista social, Paulo Macedo, que num anúncio de página inteira e a última da revista, dizia: "Senhores Leitores! Mantenham-se bem informados sobre os acontecimentos sociais da cidade, ouvindo o cronista Paulo Macedo através do Programa "Um giro em Sociedade", levando ao ar diariamente, às 12,15 horas, pelas ondas do Rádio Nordeste! Leiam, também as crônicas, sob o título "Paulo Macedo explica em Sociedade".
Num período em que nem se pensava em coisas, como: "Lava-louças" (1977), "Fita-cassete" (1963); "Internet" (1969); "CD" (1982); "Secretária Eletrônica" (1984), "Movimento Hippie" (1960); "DVD" (1999); "Furadeira elétrica" (1972), entre outros. Onde o que se entendia de última tecnologia em telefonia era uns aparelhos enormes e pesados, com apenas quatro dígitos e só os mais ricos tinham, os que freqüentavam a Avenida Rio Branco ( a rua mais chique da cidade). "O Guia da Cidade do Natal, é uma obra informativa de interesse dos turistas, viajantes, comerciantes, industriais, profissionais e do povo em geral", é assim que logo na primeira página ele se apresenta. Para o acadêmico Diógenes da Cunha Lima, "essa relíquia pode ser um primeiro passo para um estudo comparativo social, econômico e cultural mais aprofundado sobre as mudanças da sociedade natalense".
Repórter: Daniela Pacheco
http://www.jornaldehoje.com.br/novo/navegacao/ver_noticias.php?id_ce=6591 23/08/2008, 22h38min,
sábado, 23 de agosto de 2008
Contos, Fábulas e Lendas.(parte 02)
Maravilhado com aquela visão, perguntou: "- Anjo, o que vendes?"O anjo respondeu: "- Todos os dons de Deus."
O homem voltou a perguntar: "- E custam caro?"
E a resposta do anjo foi: "- Não. É de graça .. é só escolher."
O homem, todo feliz, olhou para toda a loja e viu jarras de vidro de fé, pacotes de sabedoria, caixas de felicidade ... Não estava acreditando que poderia adquirir tudo aquilo.
"- Por favor, embrulhe para mim, muito amor de Deus, bastante felicidade, abundante perdão d'Ele, amor ao próximo, paciência, tolerância..."
O anjo anotou o pedido e foi separar os produtos. Ao retornar, entregou-lhe vários pacotinhos, que cabiam na palma da mão do homem. Espantado, ele indagou: "- Como pode você me dar apenas esses pacotinhos?! Eu quero levar uma grande quantidade dos dons de Deus."
O anjo respondeu: "- Querido amigo, na loja de Deus nós não vendemos frutos. Apenas sementes."
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Ingressos esgotados!
Agradecemos, mais uma vez, a confiança em nosso trabalho. Estejam certos de que será um grande evento, mesclando conhecimento histórico, cultura geral e diversão.
Nos vemos próximo domingo, às 14 horas, no auditório do Colégio das Neves!
Até lá!
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Perfil Histórico (parte 01)
Moisés
Moisés é o maior personagem da história e da religião judaicas. Mas é também onipresente na iconografia cristã, pois o cristianismo se situa no prolongamento do judaísmo. De fato, a palavra mestra das duas religiões é "aliança": aliança de Deus com o povo eleito (judaísmo), aliança com a humanidade inteira (cristianismo). Ora, Moisés, libertador e legislador de Israel, foi quem proclamou solenemente, no alto do Sinai, a aliança de Yahweh com seu povo.
Conhecemos a história de Moisés, e a conhecemos apenas por quatro dos cinco primeiros livros da Bíblia. O grupo desses cinco livros chama-se Pentateuco. São estes, segundo a Bíblia, os fatos notáveis da existência extraordinária de Moisés: ele nasce numa família de hebreus que imigraram para o Egito. Aos olhos do faraó, parece que estes se multiplicam, então, de forma preocupante, e ele ordena que sejam mortos todos os meninos pequenos dos hebreus. Os pais de Moisés abandonam o recém-nascido em um cesto, no meio dos caniços do Nilo. A filha do faraó descobre-o e cria-o na corte. Mas, apesar de educado entre os egípcios, Moisés continua em contato com os membros de sua verdadeira família e se aflige ao ver as corvéias cada vez mais duras a que são submetidos os hebreus do Egito. Um dia, ele mata um vigilante egípcio que estava batendo num deles; depois, foge até a beira-mar, em frente à Península do Sinai, lugar dos pastores da região de Madiã. Casa-se com a filha do chefe destes, o sacerdote Jetro.
Sua vida muda ainda uma vez quando Yahweh se revela a ele na sarça ardente e lhe dá a missão de obter do faraó a permissão para que os hebreus do Egito voltem ao país de seus ancestrais, a terra de Canaã. Moisés obedece e procura o soberano, que recusa. Daí, uma prova de força e o envio de dez calamidades sucessivas sobre o Egito: a água do Nilo transformada em sangue, a invasão das rãs e, depois, dos mosquitos, a peste bovina, uma epidemia de furúnculos e abscessos, granizos, nuvens de gafanhotos, um vento carregado de poeira, trevas em pleno dia e, por fim, a morte dos primogênitos dos egípcios e do gado. Deixando de resistir, o faraó permite que os hebreus partam. Essa partida será depois comemorada pelos judeus, todos os anos, sob o nome de Páscoa, que significa "passagem". O faraó logo se arrepende da decisão e manda seu exército perseguir os emigrantes. Mas os hebreus atravessam milagrosamente o mar Vermelho a pé enxuto, porque um forte vento retivera as águas antes que passassem. Seus perseguidores, e principalmente as carruagens e os cavalos, afundam no solo mole. A água volta e todos se afogam.
Como para voltar a Canaã era preciso evitar a estrada do Norte, por onde passavam as caravanas, controlada pelos egípcios, Moisés conduziu os hebreus por um desvio: o itinerário do Sul e, portanto, pelo deserto do Sinai. Essa caminhada extenuante no deserto teria durado quarenta anos - ou seja: o tempo para que morresse a geração que sentiu deixar a abundância do Egito e que crescesse outra que fora formada na rude escola do deserto. Porque os hebreus lamentaram várias vezes perder o vale fértil do Nilo, e Moisés teve dificuldade para conduzir aquele povo de “dura cerviz”, como o chamava Yahweh. Eles eram ameaçados pelas tribos inimigas e por animais selvagens – serpentes e escorpiões. O alimento era raro. Foi para salvá-las da fome que Deus lhes enviou o “maná”, descrito como uma farinha granulosa depositada no solo todas as manhãs, como se fosse geada. O auge dessa caminhada, protegida pela nuvem de Deus, será a celebração da aliança entre Deus e Israel: sobre uma montanha, no maciço do Sinai, Yahweh fez então uma promessa a seu povo, e este jurou fidelidade a seu Deus. Depois, Moisés proclamou os dez mandamentos ensinados pelo Altíssimo.
Desde então, as Tábuas do Decálogo foram conservadas numa arca – a arca da aliança – que se deslocava com o povo. Apesar da aliança do Sinai, os israelitas, a caminho da Terra Prometida, recaíram por vezes no politeísmo que seguramente praticaram no Egito. Adoraram até um bezerro de ouro: daí a cólera de Moisés, que quebrou as Tábuas da Lei (que foi necessário refazer) e fez matar, a espada, três mil culpados. Assim mesmo, conseguiu abrandar a cólera de Yahweh. Os judeus, após sua longa caminhada, chegaram à margem oriental do Jordão. E foi no cimo do monte Nebo, situado a leste desse rio e de Jericó, que Moisés morreu diante da Terra Prometida.
Os cinco livros do Pentateuco, que os judeus chamam Torah, foram redigidos a partir do século X a.C. São, pois, claramente posteriores a Moisés, ele próprio contemporâneo de Ramsés II (12901224 a.C.). Os relatos concernentes a ele e os relativos à “Procissão” de Israel rumo à Terra Prometida certamente foram ampliados e enfeitados. A história da criança num berço, no Nilo, lembra o que se contava de Sargão, conquistador mesopotâmico, no século XXV a.C. O episódio da travessia do mar Vermelho deve, sem dúvida, ser reduzido a um forte movimento das águas nos lagos situados ao norte dele, mas já sujeitos à maré. As pragas do Egito certamente foram aumentadas. Por fim, os hebreus que fugiam do país do faraó deviam ser apenas alguns milhares.
Mas Moisés é realmente um nome egípcio: o que é uma espécie de autenticação. É certo, por outro lado, que Ramsés fortificou a parte oriental do delta do Nilo, para protegê-la contra invasores vindos da Ásia Menor. Daí o emprego de uma mão-de-obra forçada: a dos hebreus estabelecidos há algumas centenas de anos na parte nordeste do país. Enfim, de modo geral, hoje os especialistas tendem a não menosprezar a história oral que precede a história escrita. Foi possível verificar, em vários casos, que ela não é constituída apenas de um encadeamento de lendas.
Com certeza aquele que a Bíblia chama Moisés foi o criador da identidade judaica, o legislador desse povo que de fato constituiu, o primeiro de seus profetas e o fundador em escala mundial da primeira religião monoteísta. No Decálogo, seis mandamentos pertencem à moral universal (“Não matarás... Não tomarás o bem do teu próximo” etc.). Mas os quatro primeiros eram totalmente novos: “Não terás outros deuses além de mim... Não farás ídolos... Não pronunciarás em vão o nome de teu Deus... Farás do shabbat um memorial sagrado”. A força e a novidade desses mandamentos explicam por que Moisés se tomou um gigante da história religiosa. Privilégio extraordinário: "Yahweh", diz a Bíblia, "falava a Moisés face a face, como a um amigo".
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Desafio em casa (parte 06)
(Unicamp) "Nas leis da Nova Inglaterra encontramos o germe e o desenvolvimento da independência local. Na América pode-se dizer que o município foi organizado antes da comarca, a comarca antes do estado e o estado antes da União".
(Alexis de Tocqueville)
a) Cite duas características da colonização da Nova Inglaterra.
b) A partir do texto, explique por que a Constituição dos Estados Unidos estabelece o sistema federativo.
domingo, 17 de agosto de 2008
Contos, Fábulas e Lendas.(parte 01)
A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um Paraíso muito azul com tênues nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a Paz Profunda.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um Paraíso tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico. Mas, quando o Rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho... Em Profunda Paz!
O Rei escolheu a segunda tela e explicou: — PAZ PROFUNDA não significa estar em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo para realizar ou livre das dores e das tentações da encarnação. PAZ PROFUNDA significa que, apesar de se estar em meio a tudo isso, permanecemos calmos e confiantes no SANTUÁRIO SAGRADO do NOSSO CORAÇÃO. Lá encontraremos a Verdadeira PAZ PROFUNDA. Em SILENCIOSA MEDITAÇÃO.
sábado, 16 de agosto de 2008
Últimas senhas.
Para gostar de ler.(parte 03)
Se tu falas muito palavras sutis
E gostas de senhas, sussurros, ardis
A lei tem ouvidos pra te delatar
Nas pedras de teu próprio lar.
Se trazes no bolso a contravenção
Muambas, baganas e nem um tostão
A lei te vigia, bandido infeliz,
Com seus olhos de raio-x.
Se vives nas sombras, freqüentas porões,
Se tramas assaltos ou revoluções,
A lei te procura amanhã, de manhã,
Com seu faro de dobermann.
Se pensas que burlas as normas penais,
Insuflas, agitas e gritas demais
A lei logo vai te abraçar, infrator,
Com seus braços de estivador.
E se definitivamente a sociedade só te tem
Desprezo e horror
E mesmo nas galeras és nocivo,
És um estorvo, és um tumor
A lei fecha o livro, te pregam na cruz
Depois chamam os urubus.
(Kurt Weill / Bertold Brecht / Adapt.: Chico Buarque – 1979. Trilha sonora do filme Ópera do Malandro.)
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
A presença francesa no Rio Grande (século XVI)
No litoral do que viria a ser o Rio Grande do Norte, a presença francesa é anterior a qualquer tentativa efetiva de colonização. A maior parte dos historiadores concorda que, por volta do ano de 1516 – cerca de quinze anos depois do primeiro contato oficial dos portugueses com esta terra – navegadores daquele país europeu já negociavam com os nativos potiguares.
No contexto da expansão marítima, os franceses, retardatários na corrida, buscavam regiões sem colonização efetiva para poder explorar. O tratado de Tordesilhas, entre Portugal e Espanha, mesmo tendo a chancela do Papa Alexandre VI, não era respeitado pela monarquia francesa, que financiava corsários para estabelecer contatos comerciais com os nativos da América, bem como pilhar navios espanhóis e portugueses que levassem riquezas aos seus países.
Para a capitania do Rio Grande vieram corsários, flibusteiros e comerciantes que praticavam o escambo com os índios potiguares, principalmente na região do rio Potengi. Eram negociados vários produtos, tais como Pau-Brasil e outras madeiras, tabaco, animais e aves exóticas, a exemplo do papagaio. Sua relação amistosa com os nativos está muito ligada à falta de colonização efetiva do território, sem fundar cidade ou impor costumes europeus aos indígenas.
Ao observarmos a toponímia de Natal, percebemos que um dos primeiros acidentes geográficos batizados é o topônimo Rifoles, onde está instalada a Base Naval. Tal nome é uma referência direta ao corsário francês Jacques Riffault, que marcou sua presença na região do rio Potengi, negociando com os índios.
Esses contatos entre europeus e potiguares permitiram as primeiras miscigenações. Sérgio Buarque de Holanda, num de seus artigos na História da Geral da Civilização Brasileira, diz que “ali, como em tantos outros lugares da América, aventureiros da Normandia e da Bretanha andavam em íntima promiscuidade com os grupos indígenas estabelecidos na marinha ou mesmo no sertão”. Assim, a presença francesa, no início da colonização, chegava a ser tão forte que, auxiliados pelos índios, eles conseguiram rechaçar as tentativas de colonização lideradas pelos filhos de João de Barros durante o século XVI, chegando os herdeiros do donatário a escreverem um requerimento para o rei de Portugal, no qual se dizia que
“É necessário mandar povoar esta capitania antes que os franceses a povoem; os quais todos os anos vão a ela carregar [pau] brasil por ser o melhor de toda a costa. E fazem já casas de pedra em que estão em terra fazendo comércio com o gentio. E os anos passados tiveram nesta capitania dezessete naus de França a carga e são tantos os franceses que vêm ao resgate que até as raízes do pau-brasil levam porque tingem mais as raízes do pau que nascem nesta capitania. E agora tomaram os franceses aos potiguares três mil quintais de brasil que os portugueses tinham na praia feitos a sua custa para carregar. E antes que os franceses façam uma fortaleza que obrigue depois a muito, parece que será bom povoar-se por nós e com isso feito lhe não levarão este pau à França e ficará rendendo muito a Vossa Alteza”.
O documento acima faz menção a “casas de pedra” que os franceses teriam construído para efetuar comércio com os índios. O historiador Olavo Medeiros Filho acredita ser referência a uma suposta feitoria que seria utilizada pelos franceses, construída a três quilômetros da barra do rio Pirangi.
Essa impressionante presença testemunhada por Jerônimo e João de Barros Filho, explica a utilização da capitania como centro irradiador dos ataques franceses a outras regiões da colônia, como ocorrido em Cabedelo, em 1597, quando treze naus lutaram pela sua conquista. Além disso, tal presença permitiu certo conhecimento do território, com a elaboração de um mapa no qual se identifica o Rio Grande (1579), feito em Dieppe (França) pelo cartógrafo normando Jacques de Vaudeclaye. Nele podemos perceber a descrição dos acidentes geográficos, das tribos e dos prováveis produtos econômicos que poderiam ser encontrados. Esses aspectos mostram que os franceses tinham um domínio dessa faixa do território colonial, com conhecimentos maiores do que os portugueses.
Temerosos em perder o território para outro povo europeu, os lusitanos organizaram expedições para expulsar os franceses das regiões que, de acordo com o tratado de Tordesilhas, pertenciam a seu país. Suas investidas na capitania do Rio Grande, entretanto, só ocorreram durante o período da União Ibérica, quando, sem herdeiro à sucessão do trono, Portugal foi subjugado por Filipe II, da Espanha.
Assim, no final do século XVI, os colonos portugueses conseguiram sucesso na empreitada de colonizar e expulsar os franceses da região que hoje chamamos nordeste. No Rio Grande, há informações de que, no dia 25 de dezembro de 1597, os portugueses – provenientes, principalmente, de Pernambuco – iniciaram um ataque contra os franceses, situados no lado norte do rio Potengi. Poucos dias depois, eles iniciaram a construção do forte dos Santos Reis, que se tornaria o centro das suas ações.
Os historiadores chamam atenção à atuação do Frei Bernadino das Neves, conhecedor do idioma indígena, que conseguiu aliar os nativos aos portugueses, consolidando uma força militar suficiente para a capitulação francesa, que ocorreria em 1599. Após a “retomada” do Rio Grande, a capitania tornar-se-ia o local de onde partiriam expedições com o objetivo de derrotar a presença francesa – inclusive no Maranhão.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Para gostar de ler.(parte 02)
Resposta do "desafio em casa" (parte 05)
(Fuvest) "...algumas escravas procuram de propósito aborto, só para que não cheguem os filhos de suas entranhas a padecer o que elas padecem". (André João Antonil, CULTURA E OPULÊNCIA DO BRASIL, 1711)
Relacione outras formas de resistência do escravo africano, além do mencionado no texto.
Para se responder a questão proposta é necessário conhecer outras formas de resistência à escravidão praticadas pelos africanos durante os períodos colonial e imperial. O aluno poderia expor aspectos como rebeliões, sabotagens, fugas, suicídios, infanticídios e os quilombos como importantes maneiras de resistir ao regime escravocrata.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Vergonha Nacional
Na verdade são todos iguais...
Aproveitadores da ignorância do povo, da falta de educação, saúde, segurança e principalmente da falta de respeito.
Por que será que na época de eleição tudo pode????
Tudo se resolve???
Tudo que é favor solicitado é resolvido???
Por que tantos cargos comissionados, tantos cargos de confiança (CONFIANÇA DE QUEM??)
POR QUE SERÁ QUE PARA SER GARÍ DA PREFEITURA É NECESSÁRIO TER O SEGUNDO GRAU PARA PARTICIPAR DE UM PROCESSO SELETIVO??? E PARA SER “BABÃO” “PUXA-SACO” VEREADOR, SENADOR, DEPUTADO, PRESIDENTE, OU QUALQUER CARGO ELETIVO, O INDÍVIDUO NÃO PRECISA DE NADA.... NEM DE ANTECEDENTES CRIMINAIS????
VAMOS MUDAR SIM.... MAS COM OS POLÍTICOS FAZENDO E CONTINUANDO FAZER AS SUAS PRÓPRIAS LEIS É IMPOSSÍVEL DE ISTO ACONTECER...
“VOCÊS NÃO ACHAM QUE OS MAIORES CARGOS EM TODAS AS ESFERAS DO FUNCIONALISMO PÚBLICO DEVERIAM SER PREENCHIDOS POR “CONCURSADOS”“ E NÃO POR “BABÕES”” ??????
SEI QUE ESTE MEU PEQUENO PROTESTO NÃO LEVA A NADA....POR QUE A GRANDE MAIORIA NÃO É CONCURSADO... TÁ NO TIME DOS “BABÕES”!!!!!
E AINDA ACHAM QUE O BRASIL É UM PAÍS QUE VAI PRA FRENTE!!!!
COITADO DE NÓS....
Dia dos Pais
Pai
Fábio Jr
Pai!Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo prá gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez...
Pai!
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre
Esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz...
Pai!
Pode crer, eu tô bem
Eu vou indo
Tô tentando, vivendo e pedindo
Com loucura prá você renascer...
Pai!
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Prá falar de amor
Prá você...
Pai!
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga prá ver...
Pai!
Me perdoa essa insegurança
Que eu não sou maisAquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...
Pai!
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Prá pedir prá você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Ah! Ah! Ah!...
Pai!
Você foi meu herói meu bandido
Hoje é mais
Muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai!
Paz!...
Um abraço da equipe de Geografia e História do CIS
Adailton Figueiredo, Agenor Pichini, Bosco Oliveira, Henrique Lucena, João Carlos Rocha, Luís Eduardo Suassuna (kokinho) , Samir Andrade e Wellington Albano.
DIA DO ESTUDANTE - Coração de Estudante
Milton Nascimento
Composição: Wagner Tiso / Milton Nascimento
Quero falar de uma coisa
domingo, 10 de agosto de 2008
Entenda o confronto na Ossétia do sul.
A Ossétia do Sul é um território de mais ou menos quatro mil quilômetros quadrados localizado cerca de 100 quilômetros ao norte da capital da Geórgia, Tbilisi, na encosta sul das montanhas do Cáucaso.
Cerca de dois terços do Orçamento anual da região, de cerca de US$ 30 milhões, vêm do governo russo. Quase todos os moradores dali exibem passaportes russos, e usam o rublo russo como moeda.
O estado de 'cristalização' do conflito na Ossétia do Sul, assim como o da outra região separatista georgiana, a Abkházia, permitiu à Rússia preservar um instrumento vital de influência sobre seu vizinho do sul.
A consultoria Strategic Forecasting disse que a Geórgia representava o "ponto de conflito mais tenso das relações entre a Rússia e o Ocidente" por ser, no mapa-múndi, a área de influência das potências ocidentais localizada mais a leste.
09.08.2008 23h56min.
Dia do Estudante.
Alcançar o conhecimento é não se contentar com o saber apreendido; é ter consciência que poderemos colaborar mais e melhor para um mundo mais justo e humano. E essa é a tarefa de todo verdadeiro estudante: Construir o ideal, contrariando, algumas vezes, o real.
sábado, 9 de agosto de 2008
Dia dos Pais.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Gabarito de História Geral - Salesiano.
02 - C
03 - D
04 - A
05 - D
06 - C
07 - A
08 - B
09 - C
10 - D
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Desafio em casa (parte 05)
(Fuvest) "...algumas escravas procuram de propósito aborto, só para que não cheguem os filhos de suas entranhas a padecer o que elas padecem". (André João Antonil, CULTURA E OPULÊNCIA DO BRASIL, 1711)
Relacione outras formas de resistência do escravo africano, além do mencionado no texto.
507 anos do Rio Grande do Norte
Situado em local estratégico – uma vez que nosso litoral tornou-se local de reabastecimento de caravelas – o monumento comunicava aos navegantes europeus que se dirigiam para o sul da América o pertencimento daquela região a Portugal. O marco é considerado o registro colonial mais antigo do Brasil e atualmente se encontra no Forte dos Reis Magos.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Algumas imagens (parte 03)
Jogos Olímpicos são o maior reality show da TV mundial, diz historiador
Professor emérito da Universidade de Wisconsin, Senn diz que as pessoas dão atenção de mais ao que considera uma simples, embora grande, competição esportiva. Segundo ele, este excesso de atenção acaba fazendo com que os Jogos sejam usados para a defesa de interesses políticos e a propaganda estatal.
“Não acho que os Jogos sejam um instrumento de pacificação do mundo. Muitos países usam os Jogos para seus interesses políticos. Os governos fazem propaganda em cima do desempenho dos atletas dos seus países. A própria contagem de medalhas tem uma organização política. A valorização dos esportes individuais, como a natação e a ginástica, foi política, e favoreceu quem investiu nisso”, disse.
Autor do livro “Poder, política e os Jogos Olímpicos”, Senn expôs o exemplo histórico de uso político das Olimpíadas, como a disputa entre EUA e União Soviética na Guerra Fria. “Esse foi o momento em que os Jogos mais foram usados para a propaganda política. Isso era muito claro na época da Guerra Fria, quando a União Soviética e os Estados Unidos disputavam medalhas como uma representação da qualidade dos seus sistemas político-economicos”, contou.
Segundo ele, este ano o foco estará na luta da China pela hegemonia do esporte. “Neste ano estão dando muita atenção à disputa do total de medalhas entre a China e os EUA. Isso tem uma grande relevância política. Não acho que os Estados Unidos estejam estruturados para este tipo de disputa atualmente. A China investiu em esportes individuais, que rendem mais medalhas no quadro geral, enquanto os Estados Unidos pareceram se preocupar menos com esta disputa.”
Mais uma vez discordando do discurso comum, Senn critica a defesa do boicote aos jogos de Pequim por conta dos abusos aos direitos humanos no país. Segundo ele, a realização da Olimpíada em Pequim oferece uma enorme visibilidade global para questões que ficariam escondidas se não fosse pelos Jogos.
“O simples fato de as olimpíadas serem na China dá visibilidade global a uma série de questões que seriam ignoradas se os jogos fossem em outro país. O próprio Tibete ganhou uma chance de alcançar um público internacional por conta da atenção dada aos jogos de Pequim.”
Ele ressalta ainda a questão da força econômica e esportiva da China, que investiu pesado no projeto de sediar os jogos deste ano, e que não poderia ser ignorada pelo Comitê Olímpico Internacional. “Claro que é importante criticar os abusos de direitos humanos, mas é uma chance de cobrar avanço e dar visibilidade global a estes problemas.”
Comunidade CIS (parte 05).
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Para gostar de ler.(parte 01)
Resposta do "desafio em casa" (parte 04)
A questão proposta foi esta:
(Unicamp) "Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. Conseqüentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus". (Jacques Bossuet, POLÍTICA TIRADA DAS PALAVRAS DA SAGRADA ESCRITURA, 1709)
"(...) que seja prefixada à Constituição uma declaração de que todo o poder é originalmente concedido ao povo e, conseqüentemente, emanou do povo". (Emenda Constitucional proposta por Madison em 8 de junho de 1789)
a) Explique a concepção de Estado em cada um dos textos.
Para responder as questões, o aluno deveria explicar as seguintes idéias:
a) O primeiro texto apresenta uma concepção de Estado Absolutista, o que pode ser percebido a partir do autor do trecho, o pensador Jacques Bossuet. O segundo, por sua vez, constrói a idéia de uma democracia liberal.
b) No texto de Jacques Bossuet existe o princípio de submissão do indivíduo ao Estado, representado por um Rei que tem poderes justificados pela religião. Já Madison compreende uma igualdade civil-jurídica entre as pessoas e o governo, princípio do pensamento político iluminista.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Festa das eleições
Prestem atenção neste Jingle para a eleição de 2008
Letra de Leana - Aluna da Convesti em Mossoró
Paródia da música Festa de Ivete Sangalo
Qualquer coisa eu prometo se em mim você votar
Vou distribuir dinheiro, dentaduras vou te dar
Pra agradar o eleitor, faço até um cafuné
Pra quem solteiro for, eu prometo uma mulher
Pro eleitor, pro eleitor, pro eleitor...
Só vai rolar promessa, vai rolar
De tudo é prometo pra você votar
Só vai rolar promessa, vai rolar
De tudo é prometo pra você votar.
resposta - Desafio em casa (parte 02)
A intrincada dinâmica da política internacional, no início do século XXI, está ligada a questões étnicas, religiosas, nacionalistas e ao tráfico de drogas. Considerando os tipos de conflitos existentes e sualocalização geográfica, visualizada no mapa,
a) identifique o principal conflito existente nas áreas A e B;
b) caracterize o principal conflito existente na área C.
a) A – B Nacionalistas ou religiosos, além de econômico (petróleo)
A - Conflito entre Palestinos e Judeus, além da ocupação Norte-americana no Afeganistão e Iraque.
B - Disputa entre Tutsis e Hutus em Ruanda
b) Nacionalista ou narcotráfico – Narco-guerrilha na Colômbia
- Os movimentos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) são de orientações marxistas e controlam quase metade do território colombiano e têm no narcotráfico a principal fonte de renda (coca e papoula).- Os grupos paramilitares de extrema direita e de esquadrão da morte objetivam combater os grupos esquerdistas mediante o slogan adotado pela Autodefesa da Colômbia (AUC). Este grupo é financiado pelo narcotráfico.