A festa da democracia está na rua. Entre candidatos de sorriso largo e plataformas curtas, a ilusão do resgate da decência desfila em carros abertos, e as promessas de honestidade e trabalho saltitam de palanque em palanque. Adversários que outrora também juravam a verdade e testificavam a incompetência de seus competidores, execrando-os com asco, agora partilham o mesmo altar sagrado. Todos contritos e convictos de que os ataques do passado eram fruto do “calor da campanha” ou, ainda, produto do furor da emotiva jovialidade.
A festa da democracia está na rua. Cores enfeitam avenidas, vestem corpos e se desbotam na história. Jingles enaltecendo candidatos e alienando eleitores são exaustivamente repetidos como preces pela eleição; promessas se esvaem por esgotos a céu aberto; modernização em bocas de dinossauros da política é a palavra de ordem! Antigos caciques, pecuaristas de eleitores, proprietários de currais eleitorais, falam de honestidade com a autoridade de um cidadão probo, cumpridor dos deveres.
A festa da democracia está na rua. Filhotes de tiranossauros apresentam-se como o novo. Herdeiros da genética maldita da politicagem rasteira, da desonestidade tradicional, da incompetência testificada pela história, detentores dos chicotes de avós e pais, algozes de um povo crédulo e miserável lançam-se ávidos pelo poder que os encastelará em torres de catedrais que custaram o suor dos nossos pais e sua manutenção exigirá o nosso e de nossos filhos e netos.
A festa da democracia está na rua. Serviçais de alcovas, camareiros dos prostíbulos das escusas negociatas, arautos dos vendedores de ilusão tocarão as trombetas da esperança e os bobos da corte dos horrores desviarão a atenção do cidadão com a mesma maestria com que alguns dos seus senhores desviaram e, quem sabe, desviarão recursos públicos das mesas de nossas filhas e filhos.
A festa da democracia está na rua. A plebe circunvizinha do poder se refestelará na lama deixada pelas sapatilhas de pelica da elite como urubus famintos em carniça de monturo. Consciências serão prostituídas por alguns níqueis; saberes serão segredados em troca de algum posto que sangrará o erário público; algumas doações de campanha serão empréstimos que deixarão rubra a falta de vergonha. Decências usarão lentes escuras e não terão coragem de olhar nos olhos da verdade!
A festa da democracia está na rua. Ao final, as sobras das mentiras, os restos apodrecidos dos conchavos, os resquícios dos enxovalhos, os dejetos da orgia e o custo da festa serão nossos. Até quando, meu Deus?!.
A festa da democracia está na rua. Cores enfeitam avenidas, vestem corpos e se desbotam na história. Jingles enaltecendo candidatos e alienando eleitores são exaustivamente repetidos como preces pela eleição; promessas se esvaem por esgotos a céu aberto; modernização em bocas de dinossauros da política é a palavra de ordem! Antigos caciques, pecuaristas de eleitores, proprietários de currais eleitorais, falam de honestidade com a autoridade de um cidadão probo, cumpridor dos deveres.
A festa da democracia está na rua. Filhotes de tiranossauros apresentam-se como o novo. Herdeiros da genética maldita da politicagem rasteira, da desonestidade tradicional, da incompetência testificada pela história, detentores dos chicotes de avós e pais, algozes de um povo crédulo e miserável lançam-se ávidos pelo poder que os encastelará em torres de catedrais que custaram o suor dos nossos pais e sua manutenção exigirá o nosso e de nossos filhos e netos.
A festa da democracia está na rua. Serviçais de alcovas, camareiros dos prostíbulos das escusas negociatas, arautos dos vendedores de ilusão tocarão as trombetas da esperança e os bobos da corte dos horrores desviarão a atenção do cidadão com a mesma maestria com que alguns dos seus senhores desviaram e, quem sabe, desviarão recursos públicos das mesas de nossas filhas e filhos.
A festa da democracia está na rua. A plebe circunvizinha do poder se refestelará na lama deixada pelas sapatilhas de pelica da elite como urubus famintos em carniça de monturo. Consciências serão prostituídas por alguns níqueis; saberes serão segredados em troca de algum posto que sangrará o erário público; algumas doações de campanha serão empréstimos que deixarão rubra a falta de vergonha. Decências usarão lentes escuras e não terão coragem de olhar nos olhos da verdade!
A festa da democracia está na rua. Ao final, as sobras das mentiras, os restos apodrecidos dos conchavos, os resquícios dos enxovalhos, os dejetos da orgia e o custo da festa serão nossos. Até quando, meu Deus?!.
Adailton Figueiredo.
8 comentários:
A hipocrisia dos políticos é mesmo vergonhosa. Ah se todos fossem mais humanos..
prof,
é incrível como vc se expressa
maravilhosamente bem... sempre
tão claro e de forma tão competente!! sou sua fãããã!!
Otimo texto Professor! Adorei...
Reflete a realidade do País no qual vivemos.
Parabens por escrever tão bem prof. =]
Professor a cada texto seu, um excelente ponto de vista. Nesse em especial mostra bem o que, nós brasileiros, temos que engolir a cada dois anos, falácias e mais falácias, torna-se comum...na democrácia brasileira tanta promessa e pouca ação, entretanto apesar do senso comum: "todos são ums ladrões". até hoje e amanha talvez engolimos com um sorriso efêmero e "damos" continuidade a esse circo partidarios bi-anual.
excelente comentário.Deus ilumine sua mente para que continue a formar jovens conscientes. Um abraço Boskão.
Adaílton é o cara!
Bem que você falava que vale a pena ler seu texto.
Muito bom!
Parabéns!
Sinceramente, ainda não vi nenhum político que dissesse "Preciso fazer algo pelo o Brasil para obter seu voto" ao invés de "Preciso obter seu voto para fazer algo pelo o Brasil".
Também nunca vi nenhum político que ao invés de gastar o farto dinheiro com cartazes, outdoors e propagandas, investisse no que "propõe": Fazer algo pelo Brasil.
Parabéns, excelente artigo!
" Enquanto mentes conscientes são prostituidas pela ambição monetária, outras são alienadas em nome de uma verdade abortada pela negligência."
"Nada mais radical do que um conservador no poder.. e nada mais conservador do que um radical no poder." Tão iguais..
O Brasil agoniza silencienciosamente.
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