sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Mera ficção política
Essa opereta dos horrores se repete ao fim de cada campanha política, nestas terras de xavantes, tupinambás, potiguares e outros índios. Os linchadores da verdade e vendilhões de promessas já desarmaram suas tendas e, agora, contabilizam seus dividendos e distribuem os últimos vinténs aos garotos de programas eleitoreiros. As promessas mirabolantes ou não vão para as prateleiras do esquecimento e um batalhão de serviçais da indecência se prostram vilmente em homenagem aos descuidistas de sonhos alheios à cata, certamente, de uma promoção que lhes garantam tetas mais fartas nos currais da burocracia; rábulas - carrascos da justiça - , engenheiros dos subterrâneos da moral, urbanistas maquiadores do caos, mercenários da saúde pública, disfarçados na limpidez dos jalecos e mestres na arte do estelionato rastejam pelas pocilgas dos conchavos, tentando se saciarem das sobras dos coxos. Na verdade, nos monturos dos desgovernos se encontra de tudo e nada se presta à nobreza da reciclagem; tudo está podre na circunvizinhança do fétido poder. Dá náusea.
O Estado, que no pensar de teóricos como, por exemplo, Rousseau ou Montesquieu, deveria ser o guardião dos interesses coletivos, tornou-se, em determinados momentos, espólio para aventureiros. Vilipendiado, serve a quase todos, exceto ao bobo da corte, neste caso, o cidadão. O contribuinte, na maioria das vezes, exigido à exaustão, sente-se sangrado em seus parcos ganhos; quase comatoso, não vê como estancar tamanha hemorragia; pior; não sabe quem pode socorrê-lo. Vê-se à mingua, no desespero dos inocentes condenados já no patíbulo. Todavia, conclui o pagador de impostos, cada qual, mesmo os puros, tem seu cadafalso e se conforma. Dá pena.
E segue-se, nas altas rodas, a partilha de cargos e bens. Ávidos por poder balconistas e fregueses sem honra repartem as vestes do erário público e prostituem os restos dos frangalhos de seus nomes já atolados na lama da história. Compradores e vendedores emporcalham-se no mesmo charco num espetáculo deprimente para uma platéia que assiste a tudo inerte. Parece que o cidadão perdeu a capacidade de se indignar e se deixou dominar pela canga da desprezível subserviência. Dá nojo!
Ainda bem que isso não ocorre entre nós. Todavia, ficção tem lá suas profecias e algumas se cumprem. Portanto, cuidado cidadãos. Só em pensar, dá arrepios!
Londres foi cúmplice em tortura, diz ex-preso de Guantánamo
Um ex-morador britânico que alega ter sido brutalmente torturado em uma instalação da CIA em Marracos foi libertado nesta segunda-feira, 23, após cerca de cinco anos anos na prisão americana de Guantánamo, na primeira soltura do governo do presidente Barack Obama. Em suas primeiras declarações, o etíope Binyam Mohamed (foto) acusou o governo americano por ter orquestrado sua tortura e disse que agentes britânicos foram cúmplices.
"Devo dizer, com tristeza, que muitos foram cúmplices de meus horrores durante os últimos anos. Para mim, o pior momento foi quando me dei conta em Marrocos que as pessoas que me torturavam recebiam perguntas e material da inteligência britânica", afirmou Mohamed em nota.
O etíope destacou que não está em condições "físicas e mentais" para conversar com a imprensa assim que chegar a Londres, para onde viaja. "Tive uma experiência que nunca imaginei, nem em meus sonhos mais obscuros", acrescentou. "É difícil crer que fui sequestrado, levado para outro país, tudo de forma medieval e orquestrado pelo governo dos Estados Unidos."
Quando desembarcar na capital britânica, Mohamed será recebido por médicos, advogados, familiares e amigos. A decisão do governo americano de libertá-lo segue-se a uma solicitação formal do Reino Unido aos EUA feita em agosto de 2007, pedindo para que os cinco moradores britânicos remanescentes na prisão em Cuba fossem libertados.
Mohamed, de 30 anos, foi preso no Paquistão em abril de 2002 e havia sido levado para Guantánamo em 2004. Ele foi acusado de treinar em campos da Al-Qaeda no Afeganistão e de planejar a explosão de uma bomba radioativa nos EUA, mas nenhuma prova contra ele encontrada e o etíope nunca foi acusado formalmente.
Os EUA negam que ele tenha sido submetido a "rendição extraordinária" e o Marrocos sempre negou que o tenha detido no país. O caso de Mohamed recebeu ampla cobertura no Reino Unido. Neste mês, a Alta Corte britânica decidiu que a evidência da tortura a que foi submetido permaneça em sigilo, depois de os EUA afirmarem que a sua divulgação poderia ameaçar a cooperação no setor de inteligência entre Washington e Londres.
Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br/, 23.02.2009, as 12h54min.
Acredite, se quiser!
Regina Krilow desfila pela cidade em carreata
Nota do blog: Pelo amor de Deus, é possível uma coisa dessas? essa farra toda com recursos públicos, para festejar a mais nova "personalidade" brasileira. A que nível chegaram nossos políticos e nosso povo?
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Obama é comparado a macaco em charge.
Fim dos trotes violentos?
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
ERRATA - GABARITO DO MÓDULO 1
Ao rever o nosso módulo 1, verificamos um pequeno problema no primeiro gabarito, referente às questões de Teoria da História, Pré-História e Antiguidade Oriental.
As questões 10 e 11 estão com o gabarito incorreto. Abaixo está a correção. Por favor, façam a substituição.
10 - C
11 - C
Obrigado!
A indignação de Jarbas Vasconcelos (?)
E só acontece agora, no governo Lula? E nos momentos em que o PMDB apoiou o PSBD (leia-se 1994-2002, governo FHC)? Paira um grande abismo na entrevista.
As declarações de Jarbas têm, fundamentalmente, fundo político, mirando 2010. O senador pernambucano é um dos pemedebistas que busca se articular com José Serra para as próximas eleições presidenciais. Mas, para que isso aconteca, é necessário desacreditar a parcela do partido que apóia o atual governo. Dessa forma, a voz indignada do senador que representa o PMBD "histórico" apresenta-se com autoridade suficiente para abalar as aproximações de seu partido com o PT. Boa estratégia, não?
O jornalista Luís Nassif, um dos melhores jornalistas do nosso país, publicou em seu blog uma análise sobre a bombástica entrevista de Vasconcelos. Reproduzo abaixo o texto. Para mim, Nassif acertou na mosca.
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A estratégia de Jarbas
Não é difícil entender as razões por trás da entrevista do senador Jarbas Vasconcellos à revista Veja.
Na entrevista ele acusa seu partido, o PMDB, de abrigar corruptos e lutar por cargos. Faltou explicar onde está a novidade.
No governo FHC, esse mesmo PMDB, tendo como pontas-de-lança o Ministro dos Transportes Eliseu Padilha e Gedel Vieira Lima, uma seleção enriquecida por Gilberto Miranda e outros notáveis, negociou cargos, benesses e massacrou Itamar Franco na convenção do partido. E os episódios ocorreram nos tempos em que Jarbas era dos grandes nomes do partido. É o mesmo PMDB de agora, com os mesmos personagens de antes.
O papel do PMDB e as formas de cooptá-lo fazem parte do know-how de governabilidade criado por FHC e apropriado por Lula. Então, qual a razão da indignação tardia de Jarbas? É aí que se entra na parte mais interessante da entrevista: a maneira como foi preparada.
Na semana passada Lula colocou o bloco de Dilma na rua. O fato veio acompanhado da divulgação das pesquisas de popularidade do governo, da constatação de que as medidas anticíclicas começam a dar certo, do encontro de prefeitos.
Esse início, aparentemente avassalador, assustou o PSDB. Serra ensaiou seu PAC contra a crise (cinco meses depois da crise deflagrada!). E, em reunião na casa de FHC, decidiu-se, de um lado, acirrar os ataques ao governo no Congresso, dificultando a aprovação de medidas. De outro, criar um fato político que contrabalançasse o jogo. Não havia denúncias à mão. As grandes denúncias ficaram no primeiro governo Lula. As denúncias-tapioca não pegam mais.
Decidiu-se, então, pela entrevista do Senador Jarbas Vasconcellos à revista Veja. Jarbas é ligado a Serra e, muitas vezes, pensou-se na dobradinha para as eleições presidenciais. Há tempos perdeu o ímpeto político. Na segunda metade do seu governo, praticamente passou o comando ao vice-governador e alienou-se completamente da administração. Questões existenciais compreensíveis, pelas quais passam todas as pessoas. Mas tem uma bela reputação, formada nos tempos em que era do extinto PMDB autêntico.
Foi convocado, então, para criar o fato político. O órgão escolhido foi a revista Veja – com a qual Serra mantém relações recentes, porém estreitíssimas (é ele, por exemplo, o principal avalista do tipo de jornalismo praticado por Reinaldo Azevedo).
A entrevista de Jarbas é um prato feito e óbvio. Primeiro, critica seu próprio partido, para ganhar credibilidade – e porque o partido está na base de sustentação do governo.
Depois, parte para os ataques seletivos. Ataca o presidente do Senado José Sarney, que é contra Serra, e poupa o da Câmara, Michel Temer, que é a favor. A rigor, não existe diferença de estilo entre ambos. Até pouco tempo atrás, a Codesp era loteada para Temer. Depois, atacou Renan Calheiros, que é contra Serra, e poupou o alvo preferencial dos moralistas políticos do passado, Orestes Quércia – que virou serrista.
Julgando ter passado uma visão desprendida da política, uma visão escoteira do sujeito só e com sua consciência, Jarbas ganha moral para avançar no alvo que interessa. Aponta a conivência de Lula com a corrupção – por só demitir acusados depois de comprovada a culpa -, deixa de lado pontos chatos – como o amplíssimo sistema de cooptação montado por Eliseu Padilha no DNER, no tempo de FHC. Critica a Bolsa Família e se refere assim aos possíveis candidatos de 2010:
Sobre Dilma
Como o senhor avalia a candidatura da ministra Dilma Rousseff?
A eleição municipal mostrou que a transferência de votos não é automática. Mesmo assim, é um erro a oposição subestimar a força de Lula e a capacidade de Dilma como candidata. Ela é prepotente e autoritária, mas está se moldando. Eu não subestimo o poder de um marqueteiro, da máquina do governo, da política assistencialista, da linguagem de palanque. Tudo isso estará a favor de Dilma.
Sobre Serra
O senhor parece estar completamente desiludido com a política.
Não tenho mais nenhuma vontade de disputar cargos. Acredito muito em Serra e me empenharei em sua candidatura à Presidência. Se ele ganhar, vou me dedicar a reformas essenciais, principalmente a política, que é a mãe de todas as reformas.
Ou seja, a opinião sobre Serra é desinteressada, apenas de um apaixonado. Mesmos os amigos mais fiéis de Serra jamais deixaram de reconhecer nele as características que Jarbas aponta em Dilma: autoritário e prepotente. Mas a paixão é cega.
Dado o tiro de largada, ontem o Jornal Nacional repetiu e hoje os analistas políticos passam ao seu esporte predileto: a indignação seletiva.
A política brasileira é uma colcha de retalhos, com furos para todos os lados. O que a imprensa faz é selecionar o furo que lhe convém e aplicar na defesa dos seus próprios interesses – e de seus aliados.
Só que a imagem de imprensa neutra e defensora dos altos valores da moralidade já não existe: se esboroou a partir da campanha de 2006.
Um ano depois, alguém ousaria dizer que Veja é melhor do que Renan?
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Exército dos E.U.A. recruta imigrantes oferecendo cidadania americana.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Lendas Urbanas
Esse é um longo trabalho de pesquisa de história oral que o professor Adailton Figueiredo está iniciando para resgatar as lendas urbanas da nossa cidade.
Desde já, ficamos gratos.
Envie para nosso blog ou para o e-mail: adailtonfigueiredo@uol.com.br
Por que o medo.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Shimon Peres defende dois Estados na questão árabe-israelense.
Prefeitura do Rio de Janeiro cria cota para moradores de rua.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Deputado do Castelo renuncia à corregedoria.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Carta testamento.
Cansei, confesso; plena e irremediavelmente! A mediocridade que impera no nosso tempo, venceu-me, admito. Fui batido pelas celebridades contemporâneas que ao invés de cérebro expõem apenas nádegas e seios siliconados, e, em outros casos, bíceps e tórax bem definidos. Esses seres estranhos, alguns jovens e belos, outros nem tanto e outros ainda, nem uma coisa, nem outra, que geralmente, atendem por monossílabos ou, no máximo, dissílabos, adoram um diminutivozinho, “tipo” “homenzinho” ou “mulherzinha”. Esses seres me causam medo, não pelo que fazem ou dizem, já me acostumei com eles entre nós, mas pela herança genética que vão deixar! Augusto dos Anjos, em “A idealização da Humanidade Futura”, já havia me advertido e eu, à época, um teimoso idealista não acreditara... tenho que admitir que o grande poeta paraibano estava certo e parabenizá-lo não só pela percepção mas, principalmente, pelo fato de não ser obrigado a assistir a tamanho horror; é uma ópera bufa dos mortos-vivos, perambulando, impunemente, em calçadas e canteiros públicos, a arrancar as raízes do sossego alheio, com seus carros importados e seus CD’s piratas de alguns vinténs, tocando, às alturas, aqueles grupos falsários do forró ou charlatões do pagode; seguramente quadrilhas de homicidas da verdadeira música popular brasileira.
Cansei, confesso; plena e irremediavelmente! Não suporto mais os fantoches da mídia e suas opiniões, seus relatos sobre regimes para manter a forma, seus discursos hipócritas contra o cigarro, em nome da saúde, e, paradoxalmente, suas posturas etílicas pelos botecos das sarjetas periféricas; não suporto mais ver apenas as fitness da moda lotadas no verão e as bibliotecas vazias. As marionetes da televisão, a primeira vista parecem mansões de belos jardins e aprazíveis fontes; todavia, seus interiores dão guarida a desertos medonhos. São soldados acéfalos e obedientes; são cães de guarda das novas modas e das próximas ordens, apenas à espreita, à espera de um novo comando.
Cansei, confesso; plena e irremediavelmente! Perdoem-me se é que a virtude do perdão também ainda não foi destruída pela violência da insistente estupidez coletiva reinante. Não sou mais capaz de suportar os modismos débeis a desfilarem em shopping centers; a expansão do império dos desvalores, o coroamento da ignorância, a sagração do desprezível, a permissibilidade cômoda da covardia, o cinismo conivente dos libertinos e a platéia ensandecida desse zoológico humano ávida de trevas. Não suporto mais, apesar de ter tentado, nestes últimos anos, ser espectador desse espetáculo. Nego-me a beber deste vinagre e partilhar do que sobrou do banquete dos urubus. Permito-me quedar derrotado à declamar odes à putrefação, a cantar um réquiem para a qualidade e a dançar de braços dados com o caos. Nego-me, na decência dos vencidos, a aceitar o que não fui capaz de evitar e não sou capaz de derrotar, sozinho.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
O desabamento da indústria no Brasil.
Congresso brasileiro sob velha direção.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Obama enfrenta desafios para manter a ética em seu governo.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Comunicado (II)
Estádio delirante.
Nota do Blog: e você, estudante e cidadão potiguar, o que pensa sobre o assunto?
Corte de vagas afeta mais mulheres, jovens e negros.
Nas grandes metrópoles do Brasil, em tempos de crise, os maiores prejudicados com o desemprego são do sexo feminino, pretos ou pardos, jovens e com pelo menos o ensino médio completo, segundo dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por solicitação da Folha. A informação é do repórter Pedro Soares, em reportagem disponível para assinantes do jornal e do UOL.
As mulheres representaram, na média de 2008, 58,1% dos desocupados. O percentual em dezembro, quando a crise já havia se instalado, era de 58,4%. Em 2003, ficara em 54,6%. Elas ganhavam cerca de 70% do salário dos homens.
Considerando a escolaridade, cresce a cada ano a parcela de desempregados com mais de 11 anos de estudo. Era de 39,9% em 2003. Em dezembro passado, o percentual era de 53,6%.
Já os pretos e pardos desempregados, segundo o IBGE, eram a maioria ao final de 2008 --52,4% do 1,606 milhão de desocupados nas seis principais regiões metropolitanas em dezembro de 2008.
Comércio e serviços.
O diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Clemente Ganz Lúcio, afirmou à Folha Online que o desemprego no Brasil deve se intensificar no primeiro trimestre de 2009, de maneira generalizada pelas regiões metropolitanas, e atingir outros setores como o comércio e os serviços.
O início do ano é um período, tradicionalmente, de menor atividade da economia e a taxa de desemprego aumenta em relação ao fechamento do ano anterior. A crise econômica, no entanto, deve elevar o patamar no primeiro trimestre deste ano.
A redução do nível do emprego, que já chegou à indústria no final do ano passado, também deve atingir os setores de serviço e comércio, que garantiu o bom desempenho do mercado de trabalho em dezembro.
"O desemprego no primeiro trimestre tem caráter sazonal [pelas influências típicas do período]. É esperado que o setor de comércio e serviço tenham, assim como a indústria já apresentou, aumento do desemprego".
No último mês de 2008, o comércio aumentou em 100 mil o número de postos de trabalho (variação de 3,6% em relação a novembro) e a construção civil, em 28 mil (alta de 2,8%). O setor de serviços teve leve recuo de 0,4% (38 mil postos a menos) e a indústria, queda de 1,1% (31 mil a menos).
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u496982.shtml, em 01/02/2009 - 11h33