Minha dica para relaxar no fim de semana é o filme Ensaio sobre a cegueira, do diretor brasileiro Fernando Meirelles, com a participação de Juliane Moore, Gael García Bernal e Alice Braga. Felizmente, com algumas semanas de atraso, o filme já está passando nos cinemas natalenses.
A película se baseia no livro homônimo de José Saramago, o maior nome da literatura em língua portuguesa ainda vivo. Dentre suas principais obras, se destacam O evangelho segundo Jesus Cristo e Memorial do Convento. Ganhador do Prêmio Nobel em 1998, Saramago é uma das referências do estilo literário Realismo Fantástico, que também conta com outro nobel, o escritor colombiano Gabriel García Márquez.
A história do filme é a seguinte: uma metrópole, de repente, é assolada por uma estranha epidemia de cegueira, a "treva branca". O governo rapidamente isola os primeiros casos, colocando-os em quarentena num hospício desativado. Privados do contato com o resto do mundo, os infectados passam a ter que conviver com situações limites para os seres humanos. A maior parte do filme (como também do livro) se passa nessa espécie de "campo de concentração".
A personagem principal é a mulher do médico oftalmologista, interpretada por Juliane Moore. De todas as pessoas, ela é a única que não perdeu a visão e, portanto, sente-se na obrigação de auxiliar seu marido e os que estão ao seu redor.
Não irei contar toda a história. Apenas lembrarei algumas idéias que deveríamos ter ao assistir um filme como esse - um roteiro adaptado de um dos principais romances de Saramago. A cegueira é apenas uma dura metáfora que nos atinge, nos fazendo ter reflexões como as seguintes: até onde pode ir a maldade (ou solidariedade) humana? Seria nossa moral modificada caso todos nós perdessemos esse sentido? O que somos nós?
Nesse história, Saramago lembra-nos a "responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam", pois "estamos cegos. Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem". A cegueira, portanto, é uma grande metáfora com múltiplos sentidos, dentre os quais, a falta de conhecimento ou o egoísmo.
A adaptação de Fernando Meirelles tem sofrido críticas diversas, algumas positivas e outras negativas. Particularmente, gostei da adaptação. Eu temia que um diretor irresponsável transformasse o filme num suspense sem sentido, mas Meirelles - embora tenha suavizado algumas partes, por isso, recomendo a leitura do livro - conseguiu manter o sentido original da proposta do escritor lusitano. O próprio José Saramago gostou bastante, tendo se emocionado ao assistir a película.
Reação de José Saramago ao assistir o filme pela primeira vezA película se baseia no livro homônimo de José Saramago, o maior nome da literatura em língua portuguesa ainda vivo. Dentre suas principais obras, se destacam O evangelho segundo Jesus Cristo e Memorial do Convento. Ganhador do Prêmio Nobel em 1998, Saramago é uma das referências do estilo literário Realismo Fantástico, que também conta com outro nobel, o escritor colombiano Gabriel García Márquez.
A história do filme é a seguinte: uma metrópole, de repente, é assolada por uma estranha epidemia de cegueira, a "treva branca". O governo rapidamente isola os primeiros casos, colocando-os em quarentena num hospício desativado. Privados do contato com o resto do mundo, os infectados passam a ter que conviver com situações limites para os seres humanos. A maior parte do filme (como também do livro) se passa nessa espécie de "campo de concentração".
A personagem principal é a mulher do médico oftalmologista, interpretada por Juliane Moore. De todas as pessoas, ela é a única que não perdeu a visão e, portanto, sente-se na obrigação de auxiliar seu marido e os que estão ao seu redor.
Não irei contar toda a história. Apenas lembrarei algumas idéias que deveríamos ter ao assistir um filme como esse - um roteiro adaptado de um dos principais romances de Saramago. A cegueira é apenas uma dura metáfora que nos atinge, nos fazendo ter reflexões como as seguintes: até onde pode ir a maldade (ou solidariedade) humana? Seria nossa moral modificada caso todos nós perdessemos esse sentido? O que somos nós?
Nesse história, Saramago lembra-nos a "responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam", pois "estamos cegos. Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem". A cegueira, portanto, é uma grande metáfora com múltiplos sentidos, dentre os quais, a falta de conhecimento ou o egoísmo.
A adaptação de Fernando Meirelles tem sofrido críticas diversas, algumas positivas e outras negativas. Particularmente, gostei da adaptação. Eu temia que um diretor irresponsável transformasse o filme num suspense sem sentido, mas Meirelles - embora tenha suavizado algumas partes, por isso, recomendo a leitura do livro - conseguiu manter o sentido original da proposta do escritor lusitano. O próprio José Saramago gostou bastante, tendo se emocionado ao assistir a película.
Conclamo todos a assistirem o filme. Além de relaxar, nos faz pensar sobre o caráter humano.
Assista o trailer
3 comentários:
Esse blog é muito rico! :)
Pena que os vídeos não estão mais disponíveis!
Perdi a dica pro final de semana, Mas ainda pretendo assistir.
De fato divide opiniões; muita gente me disse que é muito triste, muito forte... Como se isso fosse ruim.
Obrigada pela "sinopse", João Carlos!
Até.
*é rico mesmo.
Natália, veja os vídeos outra vez. Está tudo ok :)
té +
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