Como já faz algum tempo que não publico no blog, resolvi colocar uma citação do escritor italiano Ítalo Calvino, que muito nos diz sobre nossas memórias e saudades.
Sempre que leio, costumo anotar frases e idéias que me chamam a atenção. É um exercício interessante olhá-las depois de alguns dias e, refletindo, chegarmos a conclusões que, às vezes, são diferentes daquelas que tivemos no momento da leitura.
"Chega um momento da vida em que, entre todas as pessoas que conhecemos, os mortos são mais numerosos que os vivos. E a mente se recusa a aceitar outras fisionomias, outras expressões: em todas as faces novas que encontra, imprime os velhos desenhos, para cada uma descobre a máscara que melhor se adapta"
Sempre que leio, costumo anotar frases e idéias que me chamam a atenção. É um exercício interessante olhá-las depois de alguns dias e, refletindo, chegarmos a conclusões que, às vezes, são diferentes daquelas que tivemos no momento da leitura.
"Chega um momento da vida em que, entre todas as pessoas que conhecemos, os mortos são mais numerosos que os vivos. E a mente se recusa a aceitar outras fisionomias, outras expressões: em todas as faces novas que encontra, imprime os velhos desenhos, para cada uma descobre a máscara que melhor se adapta"
(Ítalo Calvino, As cidades invisíveis, p.90.)
Um comentário:
Também tenho este hábito de fazer anotações e marcar as páginas cujo o conteúdo das mesmas me interessou.
rsrsss...
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Ainda não tive vivência suficiente para efetuar o que disse Ítalo Calvino, mas vejo isso nos olhos do meu pai, pois ele deve fazer uso deste artifício de "mascarar" as pessoas ao seu redor em busca de ver nestas, rostos amigos já não mais vigentes organicamente.
É triste, mas isso nos fortalece, pois nos mostra ainda com a sensibilidade em seu pleno vigor. Somos capazes de tornar vivos aqueles que já não estão mais aqui. Isso é um sinal de que eles não morreram, não em nossa mente, lugar onde não permitimos a entrada de estranho, visto que estejamos sãos!
--Afinal:
"Recordar é viver."
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