quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O Brasil dos latifúndios.


A concentração de terras aumentou no Brasil nos últimos dez anos, segundo dados de 2006 divulgados ontem pelo IBGE. O índice que relaciona a área total destinada à agropecuária com o número de proprietários subiu 1,9% na média nacional em relação ao resultado do mesmo censo feito em 1996. A manchete da Folha (para assinantes) conta que nesses dez anos, o agronegócio brasileiro cresceu e se modernizou, mas a realidade de grandes propriedades de terras nas mãos de poucos ainda está presente. O movimento de concentração, diz o IBGE, foi puxado pelas grandes culturas de exportação (soja e milho, especialmente), pela profissionalização do agronegócio e pelo avanço da fronteira agropecuária em direção à Amazônia e ao Pantanal. Os maiores aumentos do índice ocorreram em Mato Grosso do Sul (4,1%) e no Tocantins (9,1%), além de São Paulo (6,1%). Nos dois primeiros casos, a pecuária cresceu com força desde meados da década de 90. Já as estruturas agrárias mais concentradas permaneceram no Mato Grosso (soja e gado) e em Alagoas (por conta da cana-de-açúcar, cultura que também foi responsável pelo aumento da concentração em São Paulo).

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