quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Quase de volta

Olá caros e caras alunos(as),
Estas breves palavras são para informar-lhes que em breve estarei de volta nas postagens de matérias,comentários,questões, nesse blog.Nas últimas semanas devem ter notado que nada postei.O "rodo cotidiano " tem feito seus efeitos e me tirado tempo precioso para dedicar a essas postagens.Mas diminuindo um pouco a velocidade do cotidiano nessa reta final,por incrivel que pareça, estarei de volta com carga total.
Um abração a todos e todas!!!
Sami Andrade.

domingo, 7 de setembro de 2008

A influência da TV


Em 1934 Clark Gable apareceu sem camiseta em Aconteceu Naquela Noite e essa única aparição foi suficiente para provocar nacionalmente a queda na venda dessas camisetas que os americanos costumam usar por baixo da camisa social. O cabelo cacheado de Shirley Temple foi adotado por milhões de criança dentro e fora dos EUA.

Até a década de 50, havia uma máxima no cinema americano: O crime não compensa. O gangster quando não morria no confronto com a polícia era sentenciado à morte. Em clássicos como O Inimigo Público e Alma no Lodo, havia um letreiro introdutório explicando e justificando o objetivo dos filmes: denunciar e combater o crime organizado. O bandido não era enfocado como vítima da sociedade e muito menos glorificado. O que se via nessas produções era a defesa da Lei e da Ordem, o Estado defendendo a sociedade através do sistema policial e judiciário.


O poder de influenciar modas e costumes do cinema passou por um processo de multiplicação através da televisão. Explica-se a diferença. Ir ao cinema é um ato voluntário, que, para começar, implica em sair de casa e comprar o ingresso. E, portanto, o oposto da TV, que adentra em sua casa a qualquer hora do dia e da noite. E mais: é ilusória a advertência de que este ou aquele programa é recomendável para maiores de tal idade.

Sabe-se que o império de Xuxa foi construído através da venda dos mil produtos dirigidos ao público infantil. O adolescente é igualmente influenciável. E, quer queira ou não, o público também sofre o processo da lavagem cerebral da televisão.

O alvo da preocupação não é, porém, o adulto. Esse é responsável pelo que faz ou deixa de fazer. A nocividade da influencia televisiva é em relação ao público infanto-juvenil. Essa se tornou global e imediata depois da transmissão em rede nacional. E, entre as emissoras, esse predomínio há anos e anos é exercido pela Rede Globo e o exemplo mais notável, no plano da política, ocorreu em relação a Lula. O antigo vilão da Globo foi transformado no novo Getúlio.

Quanto a questão da manipulação da política na televisão, liderada pela Globo, nada se poderá fazer. Ela advém do monopólio da audiência, que, aliás, não ocorre nos EUA. Somente o Governo Federal, que concede os canais de TV, poderia impor as restrições existentes na América contra a lei antitruste.


O que verdadeiramente preocupa nas novelas é a maneira como os adolescentes são tratados. Um deles chama especialmente atenção. É o Klaus (Rafael Cardoso) de Beleza Pura. É um irresponsável, mentiroso, mau aluno, oportunista, mau caráter. Klaus levou uma menor para o motel, perdeu cem mil reais jogando em cassino clandestino, não tem carteira de habilitação e dirige bêbado. E, mais grave, provocou o acidente de carro que quase matou a própria mãe (Sônia) e a irmã (Joana).



Esse tipo de delinqüente, capaz de tirar dinheiro da própria mãe, não pode ser tratado como se fosse uma criança inocente. Ele é consciente do que faz e apenas finge de ter se arrependido da má ação que acabou de cometer. Klaus é incorrigível – é uma ameaça a sociedade. No momento é que seus erros são perdoados pela mãe, pela irmã, pelos amigos e amigas, continuará agindo sob o manto da impunidade.



Klaus é um péssimo, e perigoso, exemplo para os adolescentes que se miram e se deixam influenciar pelo comportamento dos personagens de novelas. Sônia, a mãe, e a irmã mais velha, Joana, são cúmplices dessa conduta anti-familiar e anti-social.


Por ser a maior do Brasil, a Globo, mais do que qualquer outra emissora, tem o dever, pelo menos em relação às personagens jovens, que não justifica, nem torna simpática, muito menos perdoar, a conduta de tipos inescrupulosos como esse Klaus, já basta a produção de bandidos da vida real.

Valério de Andrade
E-mail: Jornalista e pesquisador (
contato@festnatal.com)
http://www.jornaldehoje.com.br/novo/navegacao/ver_artigos.php?id_artigo=1443, 07.09.2008.

Aulão de revisão de História do Brasil.


Dia 14 de setembro estaremos juntos, mais uma vez, para a grande revisão de História do Brasil. Os tópicos mais importantes de cada capítulo do progama do vestibular serão abordados de forma dinâmica com a utilização de músicas, cenas de filmes, pinturas e fotografias.
A Banda Seu Zé estará conosco, novamente!
As senhas ainda estão disponíveis no CIS.
Maiores informações 3221.3883 ou 3221.1169

sábado, 6 de setembro de 2008

Para gostar de ler.(parte 03)


Soneto para Natal.
Licurgo Carvalho, poeta potiguar.

Filha de uma Mãe Luíza qualquer,
Com cheiro nobre de Alecrim,
No Potengi, nasceste uma mulher,
Espraiada numa Cidade Jardim.

Mundana com os gringos na Ribeira,
No Beco, enche a cara de poesias e lama,
E sob a leveza de uma brisa costeira,
Oração ébria na candelária de quem ama.

Aventuras descabidas nas dunas do Tirol,
Cidade de esperança no oculto feminino,
Felações permitidas no concreto Mirassol.

Menina de Ponta Negra, crescida no carnaval,
Formidável comborça nas ruelas das Rocas,
Eterna noiva cascudiana, teu belo nome é Natal.

Natal, ontem e hoje. (parte 02)


O Colégio Atheneu Norte-Riograndense se constitui em uma das maiores referências do ensino público potiguar. Abrigou em seus quadros, dentre outros, grandes professores como Celestino Pimentel e Luís da Camara Cascudo.

Dentre seus alunos mais ilustres encontra-se o ex-ministro, ex-governador e ex-deputado federal Dr. Aluízio Alves.

A Referida instituição de ensino está localizada no bairro de Petrópolis, zona leste de Natal, na avenida Campos Sales.

Manuel Ferraz de Campos Sales, nasceu em Campinas-SP, em 15.02.1841, e faleceu em Santos-SP, em 28.06.1913. Foi advogado e político, terceiro governador do Estado de São Paulo, entre 1897 e 1898 e presidente da República entre 1898 e 1902, na vigência da Política do Café-Com-Leite. Após o mandato presidencial, foi senador por São Paulo e diplomata na Argentina.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

BARULHO DE CARROÇA VAZIA...



Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.

Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi: Estou ouvindo um barulho de carroça.

- Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia ...

Perguntei ao meu pai: Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

- Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz...

E Você??? Já pensou em que carroça você quer ser???

Créditos ao amigo Janser Júnior.

FOFOCA E BOATO... VALE A PENA????



Na Grécia antiga, Sócrates era um mestre reconhecido por sua sabedoria.

Certo dia, o grande filósofo se encontrou com um conhecido que lhe disse:

- Sócrates, sabe o que acabo de ouvir sobre um de seus alunos?

-Um momento, respondeu Sócrates. Antes de me dizer, gostaria que você passasse por um pequeno teste. Chama-se"Teste dos 3 filtros".
- Três filtros?

- Sim, continuou Sócrates. Antes de me contar o que quer que seja sobre meu aluno, é bom pensar um pouco e filtrar o que vais me dizer. O primeiro filtro é o da Verdade. Estás completamente seguro de que o que me vai dizer é verdade?

-Bem... Acabo de saber...- Então, sem saber se é verdade, ainda assim quer me contar?
- Vamos ao segundo filtro, que é o da Bondade. Quer me contar algo de bom sobre meu aluno?
-Não, pelo contrário.
-Então, interrompeu Sócrates, queres me contar algo de ruim sobre ele, que não sabes se é verdade!
Ora veja!
Ainda podes passar no teste, pois ainda resta o terceiro filtro, que é o da Utilidade.
O que queres me contar vai ser útil para mim?

-Acho que não muito.

-Portanto, concluiu Sócrates, se o que você quer me contar pode não ser verdade, não ser bom e pode não ser útil, então para que contar?
Créditos para o Amigo Janser Júnior.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Bandeira do Brasil






Após a Proclamação da República em 1889, surgiu a necessidade de criação de uma nova bandeira. Criada pelo advogado Ruy Barbosa, a bandeira provisória era bastante semelhante à bandeira estadunidense, fato que fez com que o marechal Deodoro da Fonseca vetasse o desenho.

Adotada pelo decreto de lei nº 4 de 19 de Novembro de 1889, a bandeira atual consiste em uma adaptação da antiga bandeira do império idealizada em 1820 por Jean-Baptiste Debret. O disco azul central foi idealizado pelo pintor Décio Vilares, já as estrelas, por Benjamin Constant. A inscrição “Ordem e Progresso” é fruto da influência do positivismo de Augusto Comte. Até hoje, a bandeira brasileira permanece inalterada, com exceção das estrelas, que segundo a Lei nº 8.421, de 11 de maio de 1992, devem ser atualizadas no caso de criação ou extinção de algum Estado.

Em seu sentido original, as cores verde e amarela simbolizavam respectivamente, as oliveiras em torno da casa real de Bragança e a casa imperial dos Habsburgos. Posteriormente, esses significados foram adaptados: a cor verde passou a simbolizar as nossas matas e florestas; o amarelo, o ouro e as riquezas minerais; a azul, o céu; a branca, a paz. Cada estrela disposta na bandeira corresponde a um Estado brasileiro; a única estrela que é situada acima na inscrição “Ordem e Progresso” é Spica, representante do Estado do Pará.



A bandeira nacional deve ser hasteada em todos os órgãos públicos, escolas, secretarias de governo, etc. Seu hasteamento deve ser feito pela manhã e a arriação no fim da tarde. A bandeira não pode ficar exposta à noite, a não ser que seja bastante iluminada.

Curiosidades Geográficas

A maior cordilheira Cordilheira dos Andes, na América do Sul, com 8 mil quilômetros.

A maior ilha Groenlândia, com 2.175.600 km2.

A montanha mais alta Mauna Kea, no Havaí, tem 10.203 metros a partir do fundo do oceano Pacífico. Se for considerado apenas o pedaço que fica acima do nível do mar, a montanha conta com 4.205 metros.

A principal queda d'água Angel, na Venezuela, com 979 metros de altura.

O lago mais altoO mais alto lago navegável é o Titicaca, no Peru, 3.811 metros acima do nível do mar.

O lago mais profundo Lago Baikal, Rússia, com 1.620 metros.

O maior golfo Golfo do México, com 1.502.200 km2.

O maior lago Mar Cáspio, entre Rússia e Irã, 372.000 km2 e 980 metros de profundidade.

O maior rio em extensão Amazonas, com 7.025 quilômetros.

O maior vulcão Gallatiri, Chile, com 6.060 metros.

O oceano mais profundo Oceano Pacífico, com uma profundidade média de 4.267 metros.

O ponto mais alto Monte Everest, no Himalaia, fronteira entre Nepal e Tibete, 8.850 metros acima do nível do mar.

O ponto mais baixo Mar Morto, entre Israel e Jordânia. A superfície da água está 396 metros abaixo do nível do mar.

O ponto mais chuvoso Monte Waialeale, no Havaí, com uma média anual de 11.680 mm.

O ponto mais frio Estação de Vostok, na Antártida, -89,2ºC (21/07/1983).

O ponto mais quente El Azizia, Líbia, 58ºC (13/09/1922).

O ponto mais seco Deserto de Atacama, no Chile, sem chuvas do ano de 400 a 1971.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

As bandeiras



As bandeiras, dado seu grande número e a diversidade de seus objetivos e resultados, foram objeto de várias classificações. A mais funcional as organiza em “ciclos”: da caça ao índio, do combate a tribos e quilombos e do ouro. O primeiro foi iniciado no século XVI, mas teve seu apogeu na primeira metade do século seguinte. Atacando em primeiro lugar as tribos próximas do planalto paulista, bandeirantes como Manuel e Sebastião Preto, Nicolau Barreto, André Fernandes, Antônio Raposo Tavares e muitos outros apresaram essas populações, tomando-as como escravos, vendidos inclusive no Rio de Janeiro. Com o despovoamento assim provocado, passaram a interessar-se pelos indígenas aldeados pelos jesuítas espanhóis em Guairá, no oeste paranaense, Tape e Uruguai, no noroeste do Rio Grande do Sul e Argentina atuais.

A utilização da mão-de-obra indígena no trabalho escravo veio a ser comum nas áreas de menor poder aquisitivo da Colônia, tanto no Estado do Brasil, como no Estado do Maranhão. A facilidade de apresamento do indígena e seu conseqüente baixo custo contrastavam com o alto preço do escravo africano, trazido de outro continente, com vários intermediários e uma bem-montada estrutura comercial. No Nordeste, somente durante o domínio holandês e a ocupação do litoral angolano pela Companhia das Índias foram introduzidos nos engenhos do Recôncavo índios escravizados, comprados aos bandeirantes. A alta de preços coincidiu, aliás, com os violentos ataques às missões do Tape e Uruguai, na década de 1630.

No século XVII, a independência e desenvoltura dos paulistas fizeram como principais vítimas os índios aldeados nas reduções jesuíticas. Já relativamente aculturados, com rudimentos de religião cristã e das técnicas agrícolas do homem branco, eram presa fácil e vantajosa – se comparados aos “índios bravos” do sertão – para os bandeirantes. O “ciclo da caça ao índio”, portanto, foi eminentemente despovoador, embora em geral viesse a beneficiar a posterior posse portuguesa destas regiões.

A contratação de bandeirantes para a redução de índios rebelados e quilombos correspondeu a outro tipo de atuação desses sertanistas. Conhecedores do interior e das línguas indígenas, eles próprios normalmente mamelucos, os paulistas ou vicentinos eram, no século XVII, os mais experientes homens do sertão. Foram contratados em diversas ocasiões. O governador-geral Francisco Barreto arregimentou-os logo após a expulsão dos holandeses, para combater indígenas de Ilhéus em conflito com os portugueses desde o século XVI. Mais tarde, em 1683, foram chamados Domingos Jorge Velho e Matias Cardoso de Almeida para combater os cariris do Rio Grande do Norte e Ceará, na chamada “Guerra dos Bárbaros”, que se deu até 1713. Para essa luta, longa e difícil, foi cobrada uma “finta” (imposto extraordinário), que permitiu o pagamento aos sertanistas. Pela mesma época, deu-se a contratação do mesmo Domingos Jorge Velho para o exemplo mais conhecido de bandeirismo de contrato: a destruição do quilombo dos Palmares.

O “ciclo” contratador não foi apenas a delegação, a particulares, da responsabilidade policial do Estado. Representou uma aliança entre administradores, bandeirantes e proprietários rurais daquelas regiões para a ocupação das terras. Em todas elas a primeira providência, após a vitória, foi a sua partilha, com a atribuição de sesmarias aos conquistadores.

A ação bandeirante de maior conseqüência foi o “ciclo” que resultou numa descoberta do ouro em Minas Gerais, ainda nos últimos anos do século XVII e, já no século seguinte, em Goiás, Mato Grosso e sul da Bahia. O território de Minas Gerais já fora atingido por entradas no século XVI. No século XVII várias bandeiras retornaram até lá, mas sem encontrar metais preciosos. Nas décadas de 1660 e 1670, as dificuldades econômicas de Portugal fizeram com que vários bandeirantes recebessem cartas do próprio rei, estimulando-os à busca dos metais. Um dos assim incentivados foi o antigo sertanista Fernão Dias Pais, que percorreu o atual território de Minas Gerais até o vale do Jequitinhonha, onde fundou arraiais de apoio, para abastecimento da bandeira, nos rios das Mortes, das Velhas, Paraopeba e Araçuaí. A expedição, que se estendeu de 1674 a 1681, não encontrou ouro nem esmeraldas, mas tornou o sertão mineiro muito mais bem conhecido, facilitando a tarefa de bandeirantes que, em 1695, encontraram os primeiros sinais de ouro.

Às vezes, as bandeiras têm sido excessivamente valorizadas na historiografia e na literatura do século XX como forma de justificar a importância ou mesmo a primazia de São Paulo na federação brasileira. Nem por isso, entretanto, devem ser minimizadas. Uma avaliação ponderada pode apontar, como suas principais conseqüências, o alargamento territorial do país, embora ao preço da escravização em larga escala dos indígenas e da destruição das missões jesuíticas espanholas; a descoberta de metais preciosos em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso; o melhor conhecimento orográfico e hidrográfico do interior do país; e a constituição de um núcleo de poder autóctone, em geral bem menos dependente das autoridades e dos comerciantes metropolitanos do que o representado pelos senhores de engenho.

(WEHLING, Arno; WEHLING, Maria José C. M. Formação do Brasil Colonial. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. p.114-118)