quinta-feira, 21 de abril de 2011

“Quarteto” estaria cogitando reconhecer Estado Palestino




Reportagem do jornal americano Los Angeles Times desta terça-feira revela que a atual política do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto), para a questão palestina – o silêncio – pode trazer ao país mais complicações do que os benefícios esperados pelo premiê. De acordo com o Times, o chamado “quarteto” que negocia a paz entre israelenses e palestinos – Nações Unidas, União Europeia, Estados Unidos e Rússia – estaria disposto a reconhecer o Estado Palestino nas fronteiras de 1967, um passo inédito e que aumentaria muito a pressão sobre Israel.

Israel ganhou tempo com o adiamento, na semana passada, de uma reunião de potências internacionais em Berlim, mas diplomatas americanos e europeus continuam a estimular Netanyahu a divulgar sua visão para reiniciar o processo de paz e o fim da ocupação da Cisjordânia. Se ele não fizer isso, os diplomatas alertam, o quarteto (…) pode dar início ao processo ao endossar formalmente, pela primeira vez, a criação de um Estado Palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital. O governo de Netanyahu se opôs veementemente a esse ato.

O Times lembra que, na semana passada, a secretária de Estados dos Estados Unidos, Hillary Clinton, comparou a situação entre Israel e palestinos com o status quo no mundo árabe, que desde janeiro vem ruindo. Para inúmeros analistas, a fala de Hillary foi entendida como um recado a Netanyahu, que sofre enormes pressões da direita israelense para não fazer grandes concessões aos palestinos.

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