quinta-feira, 29 de setembro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

DESABAFO



Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa:

- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis com o ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse:

- Não havia essa onda verde no meu tempo.

O empregado respondeu:

- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso ambiente.

- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamentecom o ambiente.Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja.A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.

Realmente não nos preocupamos com o ambiente no nosso tempo.Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo.Nós não nos preocupávamos com o ambiente.Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

Mas é verdade:não havia preocupação com o ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto.E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo,não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão:não havia naquela época preocupação com o ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos.Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

Então, não é risível que a atual geração fale tanto em "meio ambiente", mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Turmas de Revisão Final do CIS.


Disciplina: História.

Turma: segunda-feira.

Horário: das 08h às 12 h.

Professores: Henrique Lucena e João Carlos.

Taxa única: R$ 105,00.

Início: 31.10.2011.


Disciplina: História.

Turma: segunda-feira.

Horário: das 14h às 18h.

Professores: Adailton Figueiredo e Henrique Lucena.

Taxa única: R$ 105,00

Início: 31.10.2011.


Disciplina: Geografia.
Turma: quarta-feira.
Horário: das 08h às 12h.
Professores: Sami Andrade e Agenor Pichinni.
Taxa única: R$ 105,00
Início: 02.11.2011

Disciplina: Geografia.
Turma: quarta-feira.
Horário: das 14h ás 18h
Professores: Sami Andrade e Agenor Pichinni.
Taxa única: R$ 105,00.
Início: 02.11.2011

Disciplinas: História e Geografia.
Turma: sexta-feira.
Horario: das 14H ás 19h30min.
Professores: Wellington Albano e Mariano Azevedo e Sami Andrade e Elma Anselmo.
Taxa única: R$ 180,00
Inicio: 04.11.2011


Disciplinas: História e Geografia.
Turma: sábado.
Horário: das 7h30min às 12h
Professores: Henrique Lucena, João Carlos, Mariano Azevedo, Agenor Pichinni e Sami Andrade.
Taxa única: R$ 180,00.
Início: 29.10.2011.

Disiplinas: História e Geografia.
Turma: sábado.
Horário: das 14h às 19h30min.
Professores: Adailton Figueiredo, Henrique Lucena, João Carlos da Rocha, Wellington Albano, Mariano Azevedo, Sami Andrade, Agenor Pichinni, João Bosco Oliveira Elmar Anselmo.
Taxa única: R$ 180,00.
Início: 29.10.2011.





quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A cara de pau é a alma do negócio.





Dicas rápidas para fazer uma propaganda de sucesso (baseadas em exemplos coletados em rádios, TVs, jornais e revistas):

Antes de mais nada, para vender produtos de limpeza, coloque mulheres sorrindo ao fazer a faxina de casa. Atenção: só mulheres.

Depois, utilize crianças simpáticas e animais silvestres saltitantes ao fazer um vídeo institucional para uma empresa de agrotóxico. Crianças e animais fofos são como coringas. Nunca falham. Vide o Globo Repórter: na dúvida, botam sempre um especial sobre os filhotes de girafa da África ou os gorilas anões do Congo. Ibope garantido.

Não tenha medo de parecer ridículo. Se for de uma indústria de cigarro, defenda a liberdade com responsabilidade usando um locutor de voz séria, mas aveludada, no rádio.

Cative seu consumidor. Mostre que aquele SUV não polui tanto porque já vem de fábrica com adesivo “Save the Planet”.

Ignore a realidade. Comercial de biscoito recheado deve mostrar só crianças magrinhas. Já sanduba mega-ultra-hiper gorduroso pede uma modelo que só coma alface – e sem sal.

Dê um nó na legislação. Anunciar que um automóvel chega a 300km/h com um limite de velocidade de 120 km/h no país não é crime. Chegar a 300 km/h é que é.

O que os olhos não vêem, o coração não sente. Coloque um grande desmentido com letrinhas bizarramente miúdas no final do comercial de TV para explicar que se quiser comprar um carro naquelas condições anunciadas só sendo trigêmeo, ter mais de 90 anos e vir à loja em dia bissexto do ano do Rato no horóscopo chinês.

Seja sarcástico. Propaganda de carne pode sim usar vaquinhas e franguinhos felizes anunciando o produto. Mesmo que o produto seja de vaquinhas e franguinhos mortos e moídos.

Dividir para conquistar é a melhor saída. Ter o amor pela esposa posto a prova porque a geladeira não é assim uma “Caríssima”, funciona.

Seja dissimulado. Se for um banco, faça um comercial para fazer crer que, para você, as pessoas são mais importantes que o dinheiro delas.

Diga que você é campeão de sustentabilidade. Ninguém entende mesmo o que significa essa palavra.

E você, qual a sua sugestão?



Leonardo Sakamoto.







Presidente da Amaerj ofende memória de Patrícia Acioli
Por Técio Lins e Silva,

O artigo que o presidente da Amaerj – Associação dos Juízes Vivos – publicou no dia 7 de setembro, no jornal O Globo, sobre a responsabilidade pela segurança da juíza Patrícia Lourival Acioli, parece ter sido escrito para ofender a Pátria, justamente no dia de sua Independência. A mesma independência que matou a magistrada, que não teria morrido se vivesse a acolitar os poderosos.

O mesmo texto já tinha sido publicado na véspera no Jornal do Commércio e, no dia seguinte, reproduzido na ConJur, para assegurar o agravo. Faltam 18 publicações para que a ofensa à memória de Patrícia se equipare à dor dos 21 tiros dados em seu corpo.

Patrícia ingressou no mundo da Justiça pela Defensoria Pública e desde sempre vivia no meio de gente pobre, gente que sofre com o terror imposto pelas milícias, pela máfia dos transportes alternativos, do jogo clandestino, do tráfico de drogas e, sobretudo, pelos praticantes da execução implacável, sem direito de defesa, típica dos grupos de extermínio. Muita gente boa ignora essa realidade em que Patrícia vivia e cumpria o seu dever, acreditando na Justiça e fazendo – de acordo com a lei, sob o impulso e a fiscalização do Ministério Público, lutando contra a pena de morte aplicada pelo Estado – não o paralelo, mas o fardado.

Patrícia não se conformava com o volume de homicídios travestidos pela fraude, legalizados com a criatividade dos chamados “autos de resistência”. Juíza de Direito por vocação, Patrícia não aceitava que integrantes da Polícia Militar administrassem a pena de morte com tanta impunidade, tal qual fizeram com ela. O presidente da associação dos magistrados deve-se ocupar não apenas com a saúde dos vivos, mas respeitar a memória dos juízes assassinados. Sua fala desrespeita as filhas menores de Patrícia, ofende o leitor e bajula o poder. A afirmação de que não houve nenhuma irregularidade nos procedimentos que negaram segurança à juíza mais ameaçada do Brasil padece da falta de lógica e coerência.

Reconhece que Patrícia era ameaçada, mas acha normal que não fosse protegida. Diz que teve acesso aos procedimentos e que não encontrou qualquer irregularidade. Das duas, uma: ou não diligenciou direito, e não viu tudo, ou julgou mal, o que às vezes acontece na Justiça. Agora quer impedir que se apure a omissão e investe sua autoridade associativa contra o Conselho Nacional de Justiça, que quer apenas conhecer a verdade. Esquece-se de que Patrícia não morreu de enfarte nem de morte súbita. Ela foi imolada!

Agora se sabe que ela foi executada por PMs fardados que ela mandou prender naquela mesma tarde. Se tivesse a segurança que lhe foi retirada, não teria morrido! Simples assim.
Entreguei ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado, na presença do presidente da Amaerj, os documentos que me fazem representante das filhas menores de Patrícia, de suas irmãs e de sua mãe. Embora afirme que está atento às investigações, o representante dos magistrados nunca nos deu uma palavra, não quer conversa nem quer saber o que as filhas de sua ex-colega pensam ou precisam. Nem mesmo para a cerimônia pomposa da revelação do nome dos supostos autores da morte, nenhum membro da família nem seus representantes, conhecidos das autoridades, foram chamados.

Infelizmente, Patrícia não necessita de nenhum dos serviços que a associação presta aos seus filiados vivos. Segundo a própria versão apresentada pelo TJ, ela foi executada por PMs da ativa com 21 tiros de munição comprada com o dinheiro do povo que ela defendia. Projéteis adquiridos para a nossa defesa. E a de Patrícia.

Técio Lins e Silva é advogado da família da juíza Patrícia Acioli.
Revista Consultor Jurídico, 13 de setembro de 2011 .