sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fernando Pessoa interpretando as Grandes Navegações

Como vocês sabem, estou numa fase "lusófila". Nesses últimos dias, tenho me aprofundado um pouco na literatura portuguesa que, sem dúvidas, é muito bem representada pela figura de Fernando Pessoa.

Poeta de qualidades ímpares, Pessoa já apareceu algumas vezes em provas de vestibulares, sobretudo com o poema "Mar Português", do qual posto aqui no blog uma interpretação de Paulo José, grande ator brasileiro.




"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."


Só posso dizer uma coisa: maravilhoso!

UMA SILVA SUCESSORA DE UM SILVA?

Leonardo Boff

Não estou ligado a nenhum partido, pois para mim partido é parte. Eu como intelectual me interesso pelo todo embora, concretamente, saiba que o todo passa pela parte.

Tal posição me confere a iberdade de emitir opiniões pessoais e descompromissadas com os partidos.

De forma antecipada se lançou a disputa: Quem será o sucessor do carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva?

De antemão afirmo que a eleição de Lula é uma conquista do povo brasileiro, principalmente daqueles que foram sempre colocados à margem do poder.

Ele introduziu uma ruptura histórica como novo sujeito político e isso parece ser sem retorno.

Não conseguiu escapar da lógica macro-econômica que privilegia o capital e mantém as bases que permitem a acumulação das classes opulentas.

Mas introduziu uma transição de um estado privatista e neoliberal para um governo republicano e social que confere centralidade à coisa pública (res publica), o que tem beneficiado vários milhões de pessoas.

Tarefa primeira de um governante é cuidar da vida de seu povo e isso Lula o fez sem nunca trair suas origens de sobrevivente da grande tribulação brasileira.
Depois de oito anos de governo se lança a questão que seguramente interessa à cidadania e não só ao PT: quem será seu sucessor?

Para responder a esta questão precisamos ganhar altura e dar-nos conta das mudanças ocorridas no Brasil e no mundo. Em oito anos muita coisa mudou. O PT foi submetido a duras provas e importa reconhecer que nem sempre esteve à altura do momento e às bases que o sustentam.

Estamos ainda esperando uma vigorosa autocrítica interna a propósito de presumido "mensalação". Nós cidadãos não perdoamos esta falta de transparência e de coragem cívica e ética.

Em grande parte, o PT virou um partido eleitoreiro, interessado em ganhar eleições em todos os níveis. Para isso se obrigou a fazer coligações muito questionáveis, em alguns casos, com a parte mais podre dos partidos, em nome da governabilidade que, não raro, se colocou acima da ética e dos propósitos fundadores do PT.

Há uma ilusão que o PT deve romper: imaginar-se a realização do sonho e da utopia do povo brasileiro. Seria rebaixar o povo, pois este não se contenta com pequenos sonhos e utopias de horizonte tacanho.

Eu que circulo, em função de meu trabalho, pelas bases da sociedade vejo que se esvaziou a discussão sobre "que Brasil queremos", discussão que animou por decênios o imaginário popular.

Houve uma inegável despolitização em razão de o PT ter ocupado o poder. Fez o que pôde quando podia ter feito mais, especialmente com referência à reforma agrária e a inclusão estratégica (e não meramente pontual) da ecologia.

Quer dizer, o sucessor não pode se contentar de fazer mais do mesmo. Importa introduzir mudanças. E a grande mudança na realidade e na consciência da humanidade é o fato de que a Terra já mudou.

A roda do aquecimento global não pode mais ser parada, apenas retardada em sua velocidade.

A partir de 23 de setembro de 2008 sabemos que a Terra como conjunto de ecosissitemas com seus recursos e serviços já se tornou insustentável porque o consumo humano, especialmente dos ricos que esbanjam, já passou em 40% de sua capacidade de reposição.

Esta conjuntura que, se não for tomada a sério, pode levar nos próximos decênios a uma tragédia ecológicohumanitária de proporções inimagináveis e, até pelo final do século, ao desaparecimento da espécie humana.

Cabe reconhecer que o PT não incorporou a dimensão ecológica no cerne de seu projeto político. E o Brasil será decisivo para o equilíbrio do planeta e para o futuro da vida.
Qual é a pessoa com carisma, com base popular, ligada aos fundamentos do PT e que se fez ícone da causa ecológica?

É uma mulher, seringueira, da Igreja da libertação, amazônica. Ela também é uma Silva como Lula. Seu nome é Marina Osmarina Silva.

O teólogo Leonardo Boff é autor do livro Que Brasil Queremos? Vozes 2000.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Recuperação europeia.


Boa notícia que vem da Europa. Alemanha e França são os primeiros países a darem sinal de vida depois da recessão, informa O Globo.Ambas as economias apresentaram taxa de crescimento positiva no segundo trimestre do ano. O caso alemão é o que mais evidencia que uma recuperação global está próxima. O país é um grande exportador e boa parte de seu PIB vem do comércio com outros países. Se eles voltaram a comprar, sinal de que os tempos de retração estão acabando. Considerando os 16 países da zona do euro, no entanto, o resultado ainda é negativo: queda 0,1%. De qualquer forma, a previsão era de recuo de 0,5% .

Bronca nos privados.


A Folha destacou no seu caderno de economia que ministros da área econômica do governo Lula passaram a quinta-feira "dando bronca nos bancos privados nacionais "– e quem apanhou mais foi seu maior banqueiro, Roberto Setubal, do Itaú Unibanco. Com o resultado financeiro do Banco do Brasil embaixo do braço – o banco estatal voltou a ser o maior da América Latina, desbancando o Itaú, com aumento de concessão de crédito e redução no spread (a diferença entre o quanto o banco paga de juros e o quanto ele cobra de juros dos clientes) -, o ministro da Fazenda, Guido Mantega (foto), pressionou pela redução dos juros dos empréstimos e afirmou que quem não aumentar a concessão de crédito “vai comer poeira”. A declaração rebate críticas feitas por Setubal, que havia afirmado que as taxas cobradas pelos bancos públicos são insustentáveis. Paulo Bernardo, do Planejamento, ironizou as declarações de Setubal. “Quem sabe os bancos privados não se unem para definir uma taxa única para o setor?”. Nos Estados Unidos, a pressão do governo sobre os grandes bancos é outra. De acordo com o The Washington Post , o presidente Barack Obama planeja mais rigor na regulação do setor financeiro do pais e pretende cobrar mais taxas dos grandes bancos para financiar essa reforma. Os bancos menores, por sua vez, pagariam menos.

Jornal continua proibido.


O Tribunal de Justiça de Brasília manteve a censura ao Estadão, que desde o dia 30 de julho está impedido de publicar informações sobre a operação Boi Barrica, que investiga o filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Alegando prudência, o desembargador Waldir Leôncio Cordeiro Lopes Júnior decidiu só deliberar sobre o assunto depois que receber mais informações sobre o caso. Ele pediu dados para o desembargador Dácio Vieira, autor da medida que censura o jornal, e o parecer da Procuradoria de Justiça. Para o primeiro, o prazo dado para a entrega foi de dez dias. Para o segundo, não há prazo. “Há prudências que são prudentes demais”, disse o advogado do jornal.

Sem limites.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a limitação de gastos do governo com publicidade e viagens em 2010, ano eleitoral. A proposta de restringir esses gastos aos mesmos valores de 2009 estava na Lei de Diretrizes Orçamentárias aprovada pelo Congresso e que foi publicada na quinta-feira (13) no Diário Oficial. Como justificativa, a Casa Civil alegou que o teto dos gastos poderia comprometer a execução de políticas públicas, informa a manchete de O Globo. A limitação das viagens, por exemplo, poderia impedir que gestores chegassem a locais distantes para “fiscalizar as ações do governo”. Em relação à publicidade oficial, a explicação é de que o teto poderia afetar campanhas de utilidade pública.

sábado, 15 de agosto de 2009

AS 10 COISAS QUE LEVAMOS ANOS PARA APRENDER..


01- Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
02- Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria 'reuniões'.
03- Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".
04- As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
05- Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
06- Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
07- A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
08- Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa. 09- Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10- Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca de Noé. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

A Questão da Terra no Brasil


Não é de hoje que se diz que o Brasil é um país de contrastes. Mais do que isso, de contradições.

Talvez uma das mais gritantes incoerências de nossa sociedade possa ser percebida no tripé trabalho - terra - alimentação. Isso porque, ao mesmo tempo em que ainda existe, em nosso país, uma área considerável de terras devolutas e não utilizadas para fins agropastoris, é grande o número de trabalhadores desejosos de contarem com seu próprio pedaço de chão.

Paralelamente a isso, existem milhões de subalimentados por todo o território nacional. Existe uma desigual distribuição da terra em nosso país, ou seja, há um enorme número de pequenos proprietários de um lado e, de outro, um número reduzido de donos de grandes propriedades rurais.

A concentração fundiária em nosso país vem aumentando, com um agravante: a Amazônia e os cerrados tornaram-se, desde 1970, as novas regiões de fronteira agrícola. Afirmar que essas novas fronteiras agrícolas do país significa dizer que nas outras regiões, isto é, Nordeste, no Sudeste e no Sul, praticamente não existem mais terras disponíveis para a prática agropecuária. Além disso, o valor dos imóveis rurais nessas áreas tornou-se muito elevado, obrigando os agricultores menos capitalizados a deixarem seus estados de origem em busca de terras mais baratas. Com isso, têm-se algumas questões importantes, como:
- aumento dos impactos ambientais causados pela derrubada da vegetação original em enormes áreas, para dar lugar a pastagens e cultivos agrícolas;
- invasão de terras indígenas e a necessidade de sua delimitação; - crescimento dos conflitos entre posseiros e grileiros, ocasionando não só o aumento da violência no campo como a expulsão de famílias de posseiros, que se vêem obrigadas a ocupar terras em pontos cada vez mais afastados no interior do território nacional.
- Portanto, a questão da terra, o Brasil, opõe diversos grupos, como boiás-frias, índios, minifundiários, colonos, posseiros, grileiros, grandes proprietários e até garimpeiros, entre outros.
Nota do Blog: Somos todos a favor de uma Reforma Agrária, mas não aceitamos em hipótese alguma arruaças, badernas, nem transgressões as leis do País, como se vê pelo Brasil a dentro, somos a favor sim de reinvidicações com justiça, paz e cumprimento das leis nacionais.

A Importância da agropecuária no Brasil


A produção agropecuária é uma atividade desenvolvida no espaço rural, em áreas que se encontram ocupadas pelo setor primário da economia no qual destaca-se a agricultura, a pecuária e as atividades extrativistas.

Os tipos de produções citadas têm como finalidade principal atender o mercado de alimentos e de matéria-prima. O espaço rural é caracterizado pela tranqüilidade e presença de cobertura vegetal original, animais silvestres entre outras. Resumidamente, a produção no espaço rural é composta basicamente pela agropecuária, expressão usada para designar de forma agrupada a atividade pecuária e a agricultura.

Desde muito tempo que a agropecuária desempenha um papel de grande importância no cenário da economia nacional, além disso, é uma das primeiras atividades econômicas a serem desenvolvidas no país. Outro ponto a ser destacado acerca da relevância que a agropecuária possui no Brasil é quanto à ocupação do território que teve início com a produção de cana-de-açúcar, posteriormente do café e, por fim, a pecuária, que conduziu o povoamento do interior do país.

A atividade agropecuária no Brasil representa 8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e gera emprego para pelo menos 10% da população economicamente ativa do país. A produção agropecuária tem como objetivo destinar seus produtos, tais como grãos, frutas, verduras e também carne, leite, ovos dentre outros, para abastecer o mercado interno e especialmente o mercado externo. Sem contar as matérias-primas. São vários os fatores que favoreceu o acelerado crescimento desse tipo de produção no Brasil, dentre os principais estão:

- Grande população com perspectivas de mercado interno, generosa oferta de áreas propícias ao desenvolvimento de tais atividades e o processo de modernização e mecanização da produção rural.

- Irregularidades da superfície favoráveis à ocupação rural e a boa fertilidade em grande parte do território.

- A configuração climática foi determinante para a consolidação de culturas tropicais e criação de animais, uma vez que as temperaturas são altas durante todo o ano em grande parte do território.

O Brasil, como produtor rural, ocupa o primeiro lugar no mundo em produção de café, cana-de-açúcar, laranja e de bovinos como rebanho comercial, carne processada, além de segundo e terceiro respectivamente na produção de soja (2º), milho (3º), suínos (3º) e eqüinos (3º).

Lei de Terras de 1850


Durante o século XIX, a economia mundial passou por uma série de transformações pela qual a economia mundialmente conduzida pelo comércio passou a ceder espaço para o capitalismo industrial. As grandes potências econômicas da época buscavam atingir seus interesses econômicos pressionando as demais nações para que se adequassem aos novos contornos tomados pela economia mundial. Para exemplificar tal situação podemos destacar o interesse inglês em torno do fim do tráfico negreiro.

Com relação ao uso da terra, essas transformações incidiram diretamente nas tradições que antes vinculavam a posse de terras enquanto símbolo de distinção social. O avanço da economia capitalista tinha um caráter cada vez mais mercantil, onde a terra deveria ter um uso integrado à economia, tendo seu potencial produtivo explorado ao máximo. Em conseqüência dessa nova prática econômica, percebemos que diversas nações discutiram juridicamente as funções e os direitos sobre esse bem.
No Brasil, os sesmeiros e posseiros realizavam a apropriação de terras aproveitando de brechas legais que não definiam bem o critério de posse das terras. Depois da independência, alguns projetos de lei tentaram regulamentar essa questão dando critérios mais claros sobre a questão. No entanto, somente em 1850, a chamada Lei 601 ou Lei de Terras, de 1850, apresentou novos critérios com relação aos direitos e deveres dos proprietários de terra.

Essa nova lei surgiu em um “momento oportuno”, quando o tráfico negreiro passou a ser proibido em terras brasileiras. A atividade, que representava uma grande fonte de riqueza, teria de ser substituída por uma economia onde o potencial produtivo agrícola deveria ser mais bem explorado. Ao mesmo tempo, ela também responde ao projeto de incentivo à imigração que deveria ser financiado com a dinamização da economia agrícola e regularizaria o acesso a terra frente aos novos campesinos assalariados.
Dessa maneira, ex-escravos e estrangeiros teriam que enfrentar enormes restrições para possivelmente galgarem a condição de pequeno e médio proprietário. Com essa nova lei, nenhuma nova sesmaria poderia ser concedida a um proprietário de terras ou seria reconhecida a ocupação por meio da ocupação das terras. As chamadas “terras devolutas”, que não tinham dono e não estavam sobre os cuidados do Estado, poderiam ser obtidas somente por meio da compra junto ao governo.

A partir de então, uma série de documentos forjados começaram a aparecer para garantir e ampliar a posse de terras daqueles que há muito já a possuíam. Aquele que se interessasse em, algum dia, desfrutar da condição de fazendeiro deveria dispor de grandes quantias para obter um terreno. Dessa maneira, a Lei de Terras transformou a terra em mercadoria no mesmo tempo em que garantiu a posse da mesma aos antigos latifundiários.

domingo, 9 de agosto de 2009

Dia dos pais.


Nossa justa homenagem a quem incentiva nossos sonhos, orienta nossos passos e inspira responsabilidade e honestidade sempre.

Feliz dia dos pais.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O PROTOCOLO DE KYOTO


O Protocolo de Kyoto é fruto da preocupação com o aquecimento global.
Esse Protocolo tem como objetivo firmar acordos e discussões internacionais para conjuntamente estabelecer metas de redução na emissão de gases-estufa na atmosfera, principalmente por parte dos países industrializados, além de criar formas de desenvolvimento de maneira menos impactante àqueles países em pleno desenvolvimento.

Diante da efetivação do Protocolo de Kyoto, metas de redução de gases foram implantadas, algo em torno de 5,2% entre os anos de 2008 e 2012. O Protocolo de Kyoto foi implantado de forma efetiva em 1997, na cidade japonesa de Kyoto, nome que deu origem ao protocolo. Na reunião, oitenta e quatro países se dispuseram a aderir ao protocolo e o assinaram, dessa forma se comprometeram a implantar medidas com intuito de diminuir a emissão de gases.

As metas de redução de gases não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados de redução para os 38 países que mais emitem gases, o protocolo prevê ainda a diminuição da emissão de gases dos países que compõe a União Européia em 8%, já os Estados Unidos em 7% e Japão em 6%. Países em franco desenvolvimento como Brasil, México, Argentina, Índia e principalmente a China, não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente.

O Protocolo de Kyoto não apenas discute e implanta medidas de redução de gases, mas também incentiva e estabelece medidas com intuito de substituir produtos oriundos do petróleo por outros que provocam menos impacto. Diante das metas estabelecidas o maior emissor de gases do mundo, Estados Unidos, se desligou em 2001 do protocolo, alegando que a redução iria comprometer o desenvolvimento econômico do país.

As etapas do Protocolo de Kyoto

Em 1988, ocorreu na cidade canadense de Toronto a primeira reunião com líderes de países e classe científica para discutir sobre as mudanças climáticas, na reunião foi dito que as mudanças climáticas têm impacto superado somente por uma guerra nuclear. A partir dessa data foram sucessivos anos com elevadas temperaturas, jamais atingidas desde que iniciou o registro.


Em 1990, surgiu o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), primeiro mecanismo de caráter científico, tendo como intenção alertar o mundo sobre o aquecimento do planeta, além disso, ficou constatado que alterações climáticas são principalmente provocadas por CO2 (dióxido de carbono) emitidos pela queima de combustíveis fósseis.


Em 1992, as discussões foram realizadas na Eco-92, que contou com a participação de mais de 160 líderes de Estado que assinaram a Convenção Marco Sobre Mudanças Climáticas.

Na reunião, metas para que os países industrializados permanecessem no ano de 2000 com os mesmos índices de emissão do ano de 1990 foram estabelecidas. Nesse contexto as discussões levaram à conclusão de que todos os países, independentemente de seu tamanho, devem ter sua responsabilidade de conservação e preservação das condições climáticas.


Em 1995, foi divulgado o segundo informe do IPCC declarando que as mudanças climáticas já davam sinais claros, isso proveniente das ações antrópicas sobre o clima. As declarações atingiram diretamente os grupos de atividades petrolíferas, esses rebateram a classe científica alegando que eles estavam precipitados e que não havia motivo para maiores preocupações nessa questão.

No ano de 1997, foi assinado na cidade japonesa o Protocolo de Kyoto, essa convenção serviu para firmar o compromisso, por parte dos países do norte (desenvolvidos), em reduzir a emissão de gases. No entanto, não são concretos os meios pelos quais serão colocadas em prática as medidas de redução e se realmente todos envolvidos irão aderir.


Em 2004 ocorreu uma reunião na Argentina que fez aumentar a pressão para que se estabelecessem metas de redução na emissão de gases por parte dos países em desenvolvimento até 2012.

O ano que marcou o início efetivo do Protocolo de Kyoto foi 2005, vigorando a partir do mês de fevereiro. Com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, cresceu a possibilidade do carbono se tornar moeda de troca. O mercado de créditos de carbono pode aumentar muito, pois países que assinaram o Protocolo podem comprar e vender créditos de carbono.

Na verdade o comércio de carbono já existe há algum tempo, a bolsa de Chicago, por exemplo, já negociava os créditos de carbono ao valor de 1,8 dólares por tonelada, já os programas com consentimento do Protocolo de Kyoto conseguem comercializar carbono com valores de 5 a 6 dólares a tonelada.